2 DE MAIO - BENJAMIN SPOCK

EFEMÉRIDE – Benjamin McLane Spock, médico pedopsiquiatra norte-americano, nasceu em New Haven no dia 2 de Maio de 1903. Morreu em La Jolla, em 15 de Março de 1998. Escreveu um dos maiores bestsellers de todos os tempos – “The Common Sense Book of Baby and Child Care”, que teve a sua primeira edição em Julho de 1946. Este livro foi traduzido para cerca de 39 idiomas e, em 1998, já tinham sido vendidos mais de 50 milhões de exemplares.

Ajudou os seus pais a educar os cinco irmãos mais novos, tendo estudado na Universidade de Yale. Membro de uma equipa de remo, ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924. Terminou os estudos na Universidade Columbia em Nova Iorque (1929), tendo feito depois o internato de pediatria no Colégio Médico Weill Cornell, em Manhattan, e o de psiquiatria na Clínica Payne Whitney, na Universidade Cornell. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, esteve como psiquiatra no corpo médico de reserva da US Navy, tendo saído com o posto de tenente-coronel.

As suas ideias sobre a educação dos filhos, expressas na aludida obra, influenciaram fortemente os pais e mães nas décadas seguintes. Estudou também psicanálise, para tentar entender as necessidades das crianças e os relacionamentos familiares. Os pais tornaram-se mais tolerantes, compreensivos e afectuosos para com os filhos. Muitos educadores e psico-pedagogos, porém, responsabilizariam Benjamin Spock pelos resultados negativos da «permissividade». Chegaram a chamar-lhe «o pai da permissividade», sugerindo que os seus conceitos afectaram directamente a atitude dos jovens nos anos 1960. Contudo, o próprio Spock, na sua biografia, alegou que nunca defendera a permissividade, o que mostrava que muitos, na realidade, não tinham compreendido o que ele escrevera. No seu livro “Rebuilding American Family Values: A Better World for Our Children”, publicado em 1994, ele argumentou e questionou muitas das acusações que lhe eram feitas.

Curiosamente, aqueles que contrariavam as suas ideias, só o começaram a fazer publicamente depois dele se manifestar contra a guerra no Vietname. Spock considerava que as acusações que lhe faziam eram sobretudo ataques pessoais com natureza e motivações políticas.