EFEMÉRIDE
– António Luís Alves Ribeiro Oliveira, ex jogador, dirigente e
treinador de futebol, nasceu em Penafiel no dia 10 de Junho de 1952.
Iniciou-se
no FC Penafiel e, aos 13 anos, já treinava com os seniores, pois o clube
não tinha equipas juvenis. Com 15 anos, passou para as escolas de jovens do FC
do Porto. Ainda com a idade de júnior, aos 17 anos, passou a treinar com a
equipa principal, vindo a tornar-se uma das estrelas da equipa que, entretanto,
passara a ser dirigida por José Maria Pedroto.
Na
época 1977/78, o Porto conquistou o Título Nacional, depois de
ter estado 19 anos sem o conseguir. Nessa temporada, Oliveira alinhou em todos
os jogos, marcou 19 golos, foi eleito o Melhor Jogador do Ano e nomeado
capitão de equipa. Voltaria a ser o Melhor Jogador do Ano em 1981 e 1982.
Aos 26 anos, era já um futebolista conceituado na Europa e alvo da cobiça de
vários clubes, sendo contratado no Verão de 1978 pelo Real Bétis de
Sevilha e tornando-se o jogador mais bem pago do campeonato espanhol. A experiência,
porém, não foi bem sucedida e regressou ao Porto no início de 1979,
participando ainda na conquista de novo Título Nacional.
No
Verão de 1980, uma luta pelo poder dentro do Porto, opondo Pinto da
Costa ao então presidente Américo Sá, provocou uma grande instabilidade no
clube. Oliveira, saturado com a situação, deixou as Antas e ingressou no Penafiel,
a equipa da sua terra natal. No Penafiel, teve a sua primeira
experiência como treinador, função que acumulou com a de jogador. Esteve pouco
tempo nos penafidelenses pois, na temporada seguinte, foi para o Sporting CP,
onde voltou a ser apenas futebolista. Em Alvalade, conquistou mais um Título
Nacional e a Taça de Portugal (1981/82). Em Setembro de 1982, já com
a época em curso, assumiu as funções de treinador do Sporting,
mantendo-se também como jogador e conquistando a Super Taça Cândido de
Oliveira. Voltou depois à situação de “somente jogador”. Ganhou o Prémio
Stromp, categoria atleta profissional, em 1982.
Em
1985/86, já ao serviço do CS Marítimo, abandonou em definitivo a
carreira de jogador para passar a ser exclusivamente treinador. Fora entretanto
24 vezes internacional pela Selecção Portuguesa. Depois de ter treinado
o Marítimo, passou a ser o responsável pela Selecção de Esperanças de
Portugal, à frente da qual esteve duas temporadas.
Como
treinador, Oliveira passou ainda, sucessivamente, pelo Vitória de Guimarães,
Académica de Coimbra, Selecção de Portugal de Sub-21, Gil
Vicente e Sporting de Braga, até que – em 1994 – foi contratado para
seleccionador nacional. Em Novembro de 1995, qualificou Portugal para o Euro
1996 que se iria disputar em Inglaterra. Neste torneio, a Selecção
impressionou bem, com o seu bom futebol, e chegou aos quartos-de-final, sendo
eliminada pela República Checa (0-1).
Oliveira,
entretanto, regressou ao Porto como treinador e, nas duas épocas que ali
esteve (1996/97 e 1997/98), conquistou os dois Títulos Nacionais. Em
1997, ganhou ainda a Super Taça de Portugal e, em 1998, a Taça de Portugal.
A sua estadia nas Antas foi marcada por várias polémicas e acabou por sair do
clube. Regressou então ao Bétis mas, ao fim de poucos dias de trabalho,
alguns desentendimentos com o presidente levaram-no a abandonar o clube, ainda
antes da época começar.
Esteve
quase dois anos sem trabalhar, mas – em Agosto de 2000 – voltou a orientar a Selecção
Portuguesa que se qualificou para o Mundial 2002. Nesta competição,
disputada na Coreia do Sul e no Japão, Portugal foi uma das grandes desilusões,
tendo sido eliminado pelos EUA e Coreia do Sul, o que levou ao afastamento de
António Oliveira que, em 2001, fora classificado em 9º lugar no Top 10 dos
Melhores Treinadores de Equipas Nacionais do Mundo.
No
início da época 2003/04, foi eleito presidente do Penafiel, tendo como
objectivo fazer regressar o clube ao primeiro escalão do futebol português, o
que conseguiu logo nessa época. Na época 2005/06, a equipa baixou de novo de
divisão e António Oliveira abandonou a direcção do clube.
Terminou
o curso de Direito, no regime pós-laboral, na Universidade Católica
do Porto, em Maio de 2010. Neste mesmo ano, tornou-se o 4º accionista
individual do Finibanco, com 5% das acções. Desde 2009, faz parte do
conselho de administração.
Como
treinador, António Oliveira está no Top 100 da 1ª década do século XXI, segundo
a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol,
surgindo ao lado de treinadores como José Mourinho, Arsène Wenger, Alex
Ferguson, Fábio Capello, Guus Hiddink e Vicente Del Bosque, apesar de só ter
estado no activo durante os três primeiros anos daquele decénio.
Ultimamente,
tem sido comentador na televisão e redactor semanal de um jornal desportivo. É accionista igualmente do FC do Porto
(11%).
Sem comentários:
Enviar um comentário