segunda-feira, 9 de junho de 2014

9 DE JUNHO - DANIEL HEINSIUS



EFEMÉRIDEDaniel Heinsius, famoso filólogo holandês e uma das figuras marcantes do Século de Ouro do seu país, nasceu em Gand no dia 9 de Junho de 1580. Morreu em Haia, em 25 de Fevereiro de 1655.
Em 1596, sendo já conhecido por algumas das suas realizações, ingressou na Universidade de Franeker para estudar Direito. Em 1598, mudou-se para Leyde. Com os seus conhecimentos das línguas clássicas, ganhou o respeito dos maiores académicos da Europa e foi convidado para trabalhar em várias instituições. Leccionou Política, História, Poesia e Grego na Universidade de Leyde. Em 1607, assumiu o cargo de responsável pela biblioteca da mesma universidade. Dada a sua reputação, vários estados estrangeiros acenaram-lhe com boas propostas, mas Heinsius preferiu sempre ficar na sua pátria.
Editou vários clássicos gregos e latinos. Escreveu também “Como fazer uma tragédia” (1611), uma versão pessoal e de fácil apreensão do que Aristóteles havia escrito sobre o mesmo assunto.
Em 1609, imprimiu a sua primeira versão de “Discursos Latinos”. Várias reedições foram feitas até à edição final em 1642, que compilava 35 discursos.
Em 1607/1608, escreveu a tragédia “O Massacre dos Inocentes”, que foi publicada em 1632. Heinsius foi especialmente produtivo a escrever elogios, os quais foram dedicados na sua maior parte a uma rapariga chamada Rossa.
Em 1601, já publicara – sob o pseudónimo Theocritus à Ganda – “Você pergunta qual é o amor?”, o primeiro livro emblemático em holandês, reeditado em 1606/1607 com o título “Emblemas do Amor”. Um segundo livro emblemático, “Espelhos de mulheres ilustres”, foi publicado em 1606. Em 1616, reuniu e publicou os seus trabalhos de poesia holandesa, sob o título “Poemas Neerlandeses”.
Foi secretário no Sínodo de Dordrecht (1618/1619), em representação dos Países Baixos. Posteriormente, focou mais a sua atenção na Teologia e trabalhou no texto grego do “Novo Testamento”, cuja edição em holandês foi preparada no período 1624/1633. Por esta época, escreveu igualmente um longo poema didáctico chamado “No desprezo da morte”.
Nos últimos anos de vida e após a viuvez, tornou-se cada vez mais solitário e amargurado. Deixou de leccionar em 1647, falecendo oito anos depois.

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