EFEMÉRIDE
– Daniel Heinsius, famoso filólogo holandês e uma das figuras marcantes do Século
de Ouro do seu país, nasceu em Gand no dia 9 de Junho de 1580. Morreu
em Haia, em 25 de Fevereiro de 1655.
Em
1596, sendo já conhecido por algumas das suas realizações, ingressou na Universidade
de Franeker para estudar Direito. Em 1598, mudou-se para Leyde. Com
os seus conhecimentos das línguas clássicas, ganhou o respeito dos maiores
académicos da Europa e foi convidado para trabalhar em várias instituições.
Leccionou Política, História, Poesia e Grego na Universidade
de Leyde. Em 1607, assumiu o cargo de responsável pela biblioteca da mesma
universidade. Dada a sua reputação, vários estados estrangeiros acenaram-lhe
com boas propostas, mas Heinsius preferiu sempre ficar na sua pátria.
Editou
vários clássicos gregos e latinos. Escreveu também “Como fazer uma tragédia”
(1611), uma versão pessoal e de fácil apreensão do que Aristóteles havia
escrito sobre o mesmo assunto.
Em
1609, imprimiu a sua primeira versão de “Discursos Latinos”. Várias
reedições foram feitas até à edição final em 1642, que compilava 35 discursos.
Em
1607/1608, escreveu a tragédia “O Massacre dos Inocentes”, que foi
publicada em 1632. Heinsius foi especialmente produtivo a escrever elogios,
os quais foram dedicados na sua maior parte a uma rapariga chamada Rossa.
Em
1601, já publicara – sob o pseudónimo Theocritus à Ganda – “Você
pergunta qual é o amor?”, o primeiro livro emblemático em holandês,
reeditado em 1606/1607 com o título “Emblemas do Amor”. Um segundo livro
emblemático, “Espelhos de mulheres ilustres”, foi publicado em 1606. Em
1616, reuniu e publicou os seus trabalhos de poesia holandesa, sob o título “Poemas
Neerlandeses”.
Foi
secretário no Sínodo de Dordrecht (1618/1619), em representação dos
Países Baixos. Posteriormente, focou mais a sua atenção na Teologia e
trabalhou no texto grego do “Novo Testamento”, cuja edição em holandês
foi preparada no período 1624/1633. Por esta época, escreveu igualmente um
longo poema didáctico chamado “No desprezo da morte”.
Nos
últimos anos de vida e após a viuvez, tornou-se cada vez mais solitário e
amargurado. Deixou de leccionar em 1647, falecendo oito anos depois.
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