sábado, 21 de junho de 2014

21 DE JUNHO - GRAÇA ARANHA



EFEMÉRIDE – José Pereira da Graça Aranha, escritor e diplomata brasileiro, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, nasceu em São Luís do Maranhão no dia 21 de Junho de 1868. Morreu no Rio de Janeiro em 26 de Janeiro de 1931. Devido às funções diplomáticas que desempenhou em vários países europeus, esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiram na Europa, tendo tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura do Brasil.
Nascido numa família abastada do Maranhão, Graça Aranha licenciou-se em Direito na Faculdade do Recife e exerceu cargos na magistratura e na carreira diplomática.
Assumiu o cargo de juiz de direito no Rio de Janeiro, ocupando depois a mesma função em Porto do Cachoeiro (hoje, Santa Leopoldina). Foi aqui que ele procurou os elementos necessários para criar a sua obra mais importante, “Canaã”. Considerada um marco importante do chamado pré-modernismo, foi publicada em 1902, juntamente com a obra “Os Sertões” de Euclides da Cunha.
Como diplomata, esteve em Londres e foi ministro na Noruega, na Holanda e em França, onde se aposentou, regressando ao Brasil pouco tempo depois do fim da Primeira Guerra Mundial.
Participou na Semana de Arte Moderna de 1922, sendo um dos seus organizadores. Leu então o texto “A Emoção Estética na Arte Moderna”, defendendo uma arte, uma poesia e uma música novas, com algo do «Espírito Novo» apregoado por Apollinaire.
Rompeu com a Academia Brasileira de Letras em 1924, acusando-a de passadista e dotada de total imobilismo literário. Ele chegou a declarar que «se a Academia se desvia deste movimento regenerador, se a Academia não se renova, morra a Academia!».
O académico Afonso Celso tentou, em 19 de dezembro de 1924, promover o regresso de Graça Aranha às lides académicas. Este, três dias depois, agradeceu o convite, acrescentando: «A minha separação da Academia é definitiva. De todos os nossos colegas me afastei sem o menor ressentimento pessoal e a todos estou muito grato pelas generosas manifestações com que exprimiram o pesar da nossa separação».
Colaborou abundantemente na revista luso-brasileira “Atlântida” (1915/20). Ao traçar-lhe o perfil, o romancista Afrânio Peixoto defeniu-o do seguinte modo: «Magistrado, diplomata, romancista, ensaísta, escritor brilhante, às vezes confuso, que escreve pouco, com muito ruído».
Em 1930, um ano antes da sua morte, publicou “Viagem Maravilhosa”, o seu derradeiro romance,  obra que dividiu os críticos da época.

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