segunda-feira, 15 de setembro de 2014

15 DE SETEMBRO - FRANÇOIS DE LA ROCHEFOUCAULD



EFEMÉRIDEFrançois de La Rochefoucauld, príncipe de Marcillac e mais tarde duque de La Rochefoucauld, escritor, moralista e memorialista francês, nasceu em Paris no dia 15 de Setembro de 1613. Morreu, igualmente em Paris, em 17 de Março de 1680.
Pertencendo a uma das mais ilustres famílias da nobreza francesa, seguiu a carreira militar, tendo participado na campanha de Itália em 1629. Envolvendo-se em intrigas contra o cardeal Richelieu, foi detido e preso durante oito dias, optando depois por se exilar nas suas terras (1631). Depois da morte de Richelieu (1642), voltou à corte e às conspirações, tendo participado activamente na Fronde, a guerra civil que agitou a França entre 1648 e 1653.
Em 1652, gravemente ferido nos olhos, decidiu pôr ponto final na sua carreira de soldado. Passou em Paris os últimos anos da sua vida, destacando-se em salões literários, especialmente nos da marquesa de Sévigné, de Madeleine de Sablé e, mais particularmente, no de Marie-Madeleine de La Fayette.
La Rochefoucauld foi um dos maiores cultores de máximas e epigramas, divertimento social que ele transformou em género literário, escrevendo textos de profundo pessimismo. O seu mais famoso livro, “Reflexões ou Sentenças e Máximas morais”, foi editado pela primeira vez em 1665. Até à quinta edição, ele foi condensando as suas máximas, ao mesmo tempo que abrandava o tom e restringia a sua amargura.
La Rochefoucauld, que era um pessimista desencantado com o género humano, achava que a necessidade de ser objecto de estima e admiração estava por trás de quase todas as manifestações de bondade, sinceridade e gratidão.
Além das “Reflexões”, publicou as “Memórias” (1662), onde descreveu as intrigas com a morte de Luís XIII, as guerras de Paris e da Guiana e a prisão dos príncipes.
Era reconhecido como um moralista e escritor de grande valor, tendo ingressado na Academia Francesa. Como grande parte dos seus contemporâneos, ele via a política como um jogo de xadrez.
Por curiosidade, saliente-se que Jean de La Fontaine lhe dedicou a sua fábula nº XI – “O Homem e a sua imagem”.

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