EFEMÉRIDE
– François de La
Rochefoucauld, príncipe de Marcillac e mais tarde
duque de La
Rochefoucauld, escritor, moralista e memorialista francês,
nasceu em Paris no dia 15 de Setembro de 1613. Morreu, igualmente em Paris,
em 17 de Março de 1680.
Pertencendo
a uma das mais ilustres famílias da nobreza francesa, seguiu a carreira
militar, tendo participado na campanha de Itália em 1629. Envolvendo-se em
intrigas contra o cardeal Richelieu, foi detido e preso durante oito dias,
optando depois por se exilar nas suas terras (1631). Depois da morte de
Richelieu (1642), voltou à corte e às conspirações, tendo participado activamente
na Fronde, a guerra civil que agitou a França entre 1648 e 1653.
Em
1652, gravemente ferido nos olhos, decidiu pôr ponto final na sua carreira de
soldado. Passou em Paris os últimos anos da sua vida, destacando-se em salões
literários, especialmente nos da marquesa de Sévigné, de Madeleine de Sablé e,
mais particularmente, no de Marie-Madeleine de La Fayette.
La Rochefoucauld foi um
dos maiores cultores de máximas e epigramas, divertimento social
que ele transformou em género literário, escrevendo textos de profundo
pessimismo. O seu mais famoso livro, “Reflexões ou Sentenças e Máximas morais”,
foi editado pela primeira vez em 1665. Até à quinta edição, ele foi condensando
as suas máximas, ao mesmo tempo que abrandava o tom e restringia a sua amargura.
La Rochefoucauld, que
era um pessimista desencantado com o género humano, achava que a necessidade de
ser objecto de estima e admiração estava por trás de quase todas as manifestações
de bondade, sinceridade e gratidão.
Além
das “Reflexões”, publicou as “Memórias” (1662), onde descreveu as
intrigas com a morte de Luís XIII, as guerras de Paris e da Guiana e a prisão
dos príncipes.
Era
reconhecido como um moralista e escritor de grande valor, tendo ingressado na Academia
Francesa. Como grande parte dos seus contemporâneos, ele via a política
como um jogo de xadrez.
Por
curiosidade, saliente-se que Jean de La Fontaine lhe dedicou a sua fábula nº XI – “O
Homem e a sua imagem”.
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