EFEMÉRIDE
– Javier Marías Franco, escritor, tradutor e editor espanhol,
considerado um dos romancistas mais relevantes da literatura espanhola
contemporânea, nasceu em Madrid no dia 20 de Setembro de 1951.
Passou
parte da infância no nordeste dos Estados Unidos, juntamente com a família. Na
sua juventude, traduziu, escreveu guiões e participou como figurante em algumas
longas-metragens do seu primo Ricardo Franco Rubio. Licenciou-se em Filosofia
e Letras na Universidade Complutense de Madrid (1973).
Em
1970, escreveu o seu primeiro romance intitulado “Los dominios del lobo”,
que foi publicado no ano seguinte. Entre a escrita e a publicação desta
primeira obra, conheceu o escritor Juan Benet, com quem iniciou uma grande
amizade e que foi uma figura importante na sua vida pessoal e literária.
De 1983 a 1985, leccionou Literatura
Espanhola e Teoria da Tradução na Universidade de Oxford, no
Reino Unido. Envolveu-se na mesma actividade em 1984, no Wellesley College,
em Boston, Estados Unidos, e entre 1987 e 1992, na Universidade Complutense
de Madrid.
Em
1988, lançou o romance “Todas las almas”. Apesar de ser uma obra de
ficção, narra a história de um professor espanhol que dá aulas em Oxford, o que
levou muitos leitores a julgar que o personagem do livro era o próprio autor, o
que não correspondia à realidade.
O
romance “Corazón tan blanco”, lançado em 1992, alcançou um enorme
sucesso junto do público e da crítica, resultando na sua consagração definitiva
como escritor. Este livro foi traduzido para dezenas de línguas, o que garantiu
também o seu reconhecimento internacional. O famoso crítico alemão Marcel
Reich-Ranicki classificou Javier Marías como «um dos mais importantes
autores vivos a nível mundial». Sucesso similar foi alcançado pelo romance
publicado em 1994, “Mañana en la batalla piensa en mí”, que foi premiado
na Europa e nas Américas. Especialmente estas duas obras têm sido catalogadas,
por muitos, entre os clássicos da literatura castelhana.
Em
2002, iniciou a publicação do que alguns consideram ser a sua obra mais
ambiciosa, “Tu rostro mañana”. Devido à sua extensão, superior a 1 500
páginas, Marías decidiu publicá-lo em três partes, intituladas respectivamente,
“Fiebre y lanza” (2002), “Baile y sueño” (2004) e “Veneno y
sombra y adiós”
(2007).
Galardoado
com diversos prémios nacionais e internacionais, recebeu em 1997 o Prémio
Nelly Sachs, por muitos considerado como a antecâmara do Prémio Nobel da
Literatura. Em Junho de 2006, foi eleito membro da Real Academia
Española de la Lengua.
Actualmente,
é tido como um dos escritores vivos mais importantes da língua castelhana. Os
seus artigos de imprensa têm tido também grande influência na cultura, tanto em
Espanha como na América Latina, sendo publicados em jornais como “El País”
e “El Semanal” e na revista mexicana “Letras Libres”. Escreveu também para o “New
York Times”, “La
Repubblica ” e “Frankfurter Algemeine Zeitung”.
Desde
1971, já publicou mais de trinta obras, entre romances, ensaios e colectâneas
de artigos e contos. Os seus livros foram editados em 44 países, traduzidos em
cerca de 40 idiomas e vendidos em mais de quatro milhões e meio de exemplares
em todo o mundo. Desde 1999, possui a sua própria editora – Reino de Redonda.
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