segunda-feira, 9 de maio de 2016

9 DE MAIO - ALDO MORO

EFEMÉRIDEAldo Luigi Romero Moro, jurista, professor e político italiano, morreu em Roma (ou arredores) no dia 9 de Maio de 1978. Nascera em Maglie, em 23 de Setembro de 1916.
Professor de Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade de Bari desde 1949, Aldo Moro filiou-se no ano seguinte na Federação Universitária dos Católicos Italianos, tornando-se depois seu presidente. Após a Segunda Guerra Mundial, foi eleito para a Assembleia Constituinte, participando assim na feitura da nova constituição. Em 1948, foi reeleito para a Câmara dos Deputados, onde ficou até à sua morte.
Ocupou vários cargos governamentais entre 1948 e 1976. Foi secretário da Democracia Cristã em 1960/63 e presidente deste partido de 1976 até ao seu falecimento. 
Jurista de renome, foi docente da Faculdade de Ciências *Políticas na Universidade de Roma, de 1960 a 1978.
Durante os anos 1970, Moro dedicou toda a sua atenção ao projecto de Enrico Berlinguer no sentido de ser encontrado um Compromisso Histórico. Aquele dirigente do Partido Comunista Italiano propunha uma aliança entre comunistas e democratas cristãos, numa época de grave crise económica, política e social em Itália. Moro foi um dos que mais lutaram pela formação de um “governo de solidariedade nacional”.
Ocupou por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro, nos períodos 1963/68 e 1974/76), em governos de centro-esquerda, mas nunca conseguiu formar um governo de coligação correspondente ao Compromisso Histórico.
Sequestrado em 16 de Março de 1978 pelo grupo guerrilheiro Brigadas Vermelhas, foi assassinado depois de 55 dias de cativeiro. O corpo foi encontrado no próprio dia da sua morte, no porta-bagagem de uma viatura.
Moro, quando foi sequestrado, ia a caminho de uma sessão da Câmara de Deputados, em que seria discutido um voto de confiança no novo governo de Giulio Andreotti, que tinha o aval do PCI e que seria a primeira aplicação prática do Compromisso Histórico, perfilhado por Aldo Moro e Berlinguer.
As Brigadas Vermelhas tinham proposto poupar a vida de Aldo Moro, em troca da libertação de vários dos seus correligionários que se encontravam detidos. Há várias teorias acerca dos motivos da recusa do governo italiano em negociar a libertação de Aldo Moro e também sobre os verdadeiros interesses envolvidos no seu sequestro e morte. Segundo o historiador Sergio Flamigni, as Brigadas Vermelhas teriam sido manipuladas pelos serviços secretos americanos de modo a justificar a manutenção de uma estratégia de tensão e a manter o PCI afastado das esferas do poder. 

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