Laurel Clark nasceu no estado de
Iowa e, desde a juventude, sempre foi praticante de desportos de risco, como o mergulho,
o pára-quedismo, o alpinismo e o voo, além do seu gosto natural por aventuras,
que a faziam sempre participar em acampamentos em regiões inóspitas e em
viagens pelo país.
Laurel frequentou o curso de Medicina
e formou-se em Pediatria no Centro de Medicina Naval de Maryland,
além de realizar treinos de medicina em mergulho, tornando-se oficial-médica de
mergulho da Marinha e passando a integrar o esquadrão médico de
submarinos, baseado na Escócia. Nesta posição, ela treinou com escafandristas e
mergulhadores da Marinha e realizou várias evacuações médicas de
submarinos dos Estados Unidos.
Com as suas experiências e cursos
subsequentes na marinha e na aviação naval, tornou-se oficial-médica de
submarinos e cirurgiã naval de voo, passando a integrar o esquadrão de ataque
nocturno do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, como
cirurgiã, praticando a medicina em condições extremas de meio ambiente,
atendimento médico através de pára-quedismo e graduou-se como piloto em
diversos tipos de aeronaves.
Seleccionada para o grupo de
astronautas da NASA em 1996, Clark passou os dois anos seguintes em treino
no Centro Espacial Lyndon B. Johnson, em Houston, Texas, até ser
qualificada como astronauta especialista de missão em 1998, trabalhando em
terra no escritório de cargas da NASA, avaliando, treinando a sua
manipulação e estudando as cargas tecnológicas levadas ao espaço pelos ónibus
espaciais.
Em 16 de Janeiro de 2003, foi ao
espaço pela primeira e única vez, como tripulante da nave Columbia, numa
viagem de 16 dias, para uma missão científica de pesquisa, que realizou mais de
oitenta experiências em órbita terrestre. Ao fim da missão, em 1 de Fevereiro,
a nave desintegrou-se na reentrada da atmosfera, matando todos os tripulantes.
Uma fita de vídeo gravada a bordo
da Columbia, fez um registo - poucos minutos antes da reentrada - e foi recuperada
nos destroços da nave após a tragédia. Pode-se escuitar aquela que talvez seja
a mais comovente conversação da história dos voos espaciais. Minutos antes da
sua morte, o Centro Espacial Johnson pediu a Clark que fizesse alguma
pequena tarefa final, enquanto a nave reentrava na alta atmosfera terrestre.
Ela respondeu que estava ocupada naquele exacto instante, mas que faria o que lhe
era pedido num minuto, ao que o controlador em terra respondeu: «Não se
preocupe, você tem todo o tempo do mundo». Foi a última gravação na Columbia.
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