Nascido numa pequena localidade
no País Basco, no seio de uma família humilde e muito católica, Cristóbal era
filho de um pescador e de uma costureira, com quem passava a maior parte do
tempo, enquanto ela trabalhava. Aos doze anos de idade, começou a trabalhar como
aprendiz de alfaiate. Quando adolescente, a marquesa de Casa Torres tornou-se
sua cliente e patrona. Ela mandou-o a Madrid, onde recebeu treino profissional.
Em 1919, abriu uma boutique em San
Sebastian, a qual se expandiu ao originar filiais em Madrid e Barcelona. A
família real espanhola e a aristocracia usavam as suas roupas, mas, quando a Guerra
Civil Espanhola (1936/1939) eclodiu, Balenciaga foi obrigado a fechar as suas
lojas e partir para Paris. Aqui, abriu uma loja na Avenue George V, em Agosto
de 1937.
Foi somente a partir do período
pós-guerra que Balenciaga se tornou um estilista original e reconhecido. Em
1951, transformou totalmente a silhueta, alargou os ombros e removeu a cintura
das suas criações. Em 1955, desenhou o vestido de túnica que, mais tarde, virou
o vestido chemise de 1957. Em 1959, o seu trabalho tornou-se um império,
com vestidos de cintura alta e casacos cortados como quimonos. Tais criações
são consideradas obras-primas da alta-costura, das décadas de 1950 e 1960.
Balenciaga também deu aulas de
moda, inspirando outros estilistas como Oscar de la Renta, André Courrèges,
Emanuel Ungaro e Hubert de Givenchy.
Em 1968, Balenciaga fechou a sua
casa de moda ao perceber o advento do pronto-a-vestir, iniciado pelos
franceses. Faleceu pouco tempo depois, aos setenta e sete anos.
Hoje, a casa de moda Balenciaga
está sob a direcção do belga Demna Gvasalia, e pertence ao Grupo Gucci desde
2001.
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