EFEMÉRIDE - João Alfacinha da Silva, que usava o pseudónimo
“Alface”, escritor, jornalista, guionista para televisão, publicitário e
dramaturgo português, morreu em Lisboa no dia 2 de Março de 2007. Nascera
em Montemor-o-Novo, em 24 de Março de 1949.
Nasceu no Alentejo, mas foi em
Lisboa que passou grande parte da sua vida. Após estudar Direito e Psicologia,
cursos que nunca completou, trabalhou no jornal “República”, na Emissora
Nacional e na Rádio Comercial. Escreveu textos para os programas
televisivos “Ensaio” e “Impacto”, do produtor João Martins, antes
do 25 de Abril de 1974. Foi um
dos fundadores da cooperativa Cinequipa e coordenou um grupo de
argumentistas de telenovelas, na NBP, para a TVI.
A sua estreia literária deu-se em
1977, com “Os Lusíadas”, em parceria com Manuel Silva Ramos, edição da Assírio
& Alvim. Este livro faz parte de uma trilogia, juntamente com “As
Noites Brancas do Papa Negro” (1982) e “Beijinhos” (1996), editados
na Fenda.
Em 2004, publica o seu único
romance, “Cá vai Lisboa”, sobre um presidente de câmara
(personagem de ficção, mas provavelmente com alguns traços de anteriores
presidentes da Câmara de Lisboa).
Na época da sua morte, estava a
traduzir, para a editora D. Quixote, as 900 páginas do romance “Lês
Bienveillantes”, do norte-americano Jonathan Litell, que ganhou o Prémio
Goncourt de 2006.
Faleceu aos 57 anos de idade, vítima
de um AVC, quando participava numa Comunidade de Leitores dedicada ao
seu romance, “Cá Vai Lisboa”, animada por Maria João Seixas e que
decorria na Culturgest, em Lisboa.
João Alfacinha da Silva era
casado com a pintora Gina Frazão, tinha duas filhas e dois netos. O seu corpo
foi velado na Igreja S. João de Brito, em Lisboa, sendo sepultado no Cemitério
Municipal de Montemor-o-Novo, sua terra natal.
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