Estudou na Escola Superior de
Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, tendo sido
aluno, entre outros professores, do cineasta António Reis, que sobre elei
exercerá uma grande influência.
Realizou a sua primeira
longa-metragem em 1989: “O Sangue”. No mesmo ano, António Reis realizava o seu
último filme: “Rosa de Areia”.
Pedro Costa abandonou o Curso
de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
para se dedicar ao cinema. Inicia esta actividade como assistente de realização
de Jorge Silva Melo e de João Botelho.
A sua obra segue de perto a
tradição lançada em Portugal por Manoel de Oliveira e António Campos, a do
cinema inspirado no conceito de antropologia visual, tradição amplamente
explorada por cineastas como António Reis ou Ricardo Costa, recorrendo com
frequência a um género com importante tradição no cinema português, a
docuficção.
Realizou, no início dos anos 1990,
o filme “Casa de Lava”, rodado em Cabo Verde. Os habitantes dos locais
de filmagem entregaram ao realizador um conjunto de cartas para que este as
entregasse aos seus familiares em Portugal. Estas cartas conduziram Pedro Costa
ao Bairro das Fontainhas e aos seus habitantes, que continua a filmar
hoje, largos anos após a demolição do Bairro.
O filme “No Quarto da Vanda”
valeu-lhe o Prémio France Culture atribuído ao Cineasta Estrangeiro
do Ano, no Festival de Cannes de 2002. “Juventude em Marcha”
(2006) foi um dos filmes candidatos à Palma de Ouro, o prémio máximo do Festival
de Cannes.
Em 2010, a Cinemateca Francesa
dedicou uma retrospectiva à obra de Pedro Costa. Em Setembro de 2012, no Festival
Internacional de Cinema de Split, Pedro Costa foi galardoado com um prémio
de carreira.
O realizador conta, actualmente, com uma série de premiações no Festival de Cinema de Locarno. Em 2014, foi-lhe atribuído o Leopardo para a Melhor Realização, por referência ao seu filme “Cavalo Dinheiro”. Em 2019, venceu o prémio máximo do mesmo Festival, o Leopardo de Ouro, pelo filme “Vitalina Varela”. Foi o segundo realizador português a receber este prémio, depois de José Álvaro Morais pelo filme “O Bobo”, em 1987. Simultaneamente, Vitalina Varela recebeu o Leopardo para a Melhor Actriz, pela sua interpretação no filme seu homónimo.
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