segunda-feira, 8 de março de 2021

8 DE MARÇO - GEORGE STEVENS

EFEMÉRIDE - George Stevens, actor, realizador e produtor de cinema norte-americano, morreu em Lancaster no dia 8 de Março de 1975. Nascera em Oakland, em 18 de Dezembro de 1904.  

Filho de um casal de actores, cedo pisou os palcos teatrais. Ainda adolescente, demonstrou um especial interesse pela fotografia.

Com 17 anos, empregou-se em Hollywood como assistente de câmara, não demorando a ser promovido a cameraman principal, por influência do produtor Hal Roach, que o colocou a trabalhar em algumas comédias de Stan Laurel e Oliver Hardy, como “Two Tars” de 1928 e “Big Business” de 1929. Em 1930, estreou-se como realizador, rodando duas curtas-metragens simultâneas: “Ladies Last” e “The Kickoff”. Foi nos estúdios da RKO Pictures que fez a sua primeira longa-metragem: “The Cohens and Kellys in Trouble” de 1933. Entre 1933 e 1934, Stevens foi um dos realizadores mais profícuos de Hollywood, realizando onze títulos.

O seu primeiro filme de grande sucesso foi “Alice Adams” (“Sonhos Dourados”, 1935), onde fez uma recriação do dia-a-dia de uma pequena cidade norte-americana cuja personagem principal (interpretada por Katharine Hepburn) tenta melhorar as suas condições de vida através de um casamento de interesse, acabando por se apaixonar por um rapaz humilde (Fred MacMurray).

O realizador enveredou depois pelo musical, dirigindo a dupla Fred Astaire -Ginger Rogers em “Swing Time” (“Ritmo Louco”, 1936). As opções de Stevens resultavam bem em termos de bilheteiras. Comprovou-o em “Gunga Din” de 1939, um filme de aventuras desenrolado na Índia, nos finais do Século XIX, e centrado na história de três sargentos ingleses (Cary Grant, Douglas Fairbanks Jr. e Victor McLaglen), que fogem da perseguição de um culto de assassinos.

Seguiram-se outros filmes, que ajudaram a estabelecer uma sólida reputação à sua carreira: “Woman of the Year” (“A Primeira Dama”, 1942) foi o primeiro filme em conjunto do futuro casal Spencer Tracy e Katharine Hepburn e “The More the Merrier” (“Gentes a Mais… Casas a Menos”, 1943), que conferiu a Stevens a sua primeira nomeação para o Oscar de Melhor Realizador. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi operador de câmara no exército norte-americano, tendo filmado momentos cruciais como o desembarque do exército aliado nas praias da Normandia e a libertação dos prisioneiros judeus do campo de concentração de Dachau.

Voltou ao activo com “I Remember Mama” (“O Seu Grande Mistério”, 1948), um melodrama sobre um casal de imigrantes nórdicos que tenta iniciar uma nova vida nos Estados Unidos.

A década de 1950 foi a mais frutuosa para Stevens. Venceu o seu primeiro Oscar com “A Place in the Sun” (“Um Lugar ao Sol”, 1951), um retrato cru da moral norte-americana, que venceu seis Oscars e que guindou ao estrelato os actores Montgomery Clift e Elizabeth Taylor. Seguiram-se “Shane” de 1953, um clássico dos westerns sobre um herói solitário (Alan Ladd) que protege uma família das investidas de um poderoso fazendeiro, e aquela que foi considerada como a sua obra-prima, a saga “Giant” (“O Gigante / Assim caminha a humanidade”, 1956), que retrata o confronto entre um barão de gado (Rock Hudson) e um milionário do petróleo (James Dean), que valeu a Stevens novo Oscar. A partir daí, rodou mais três filmes: “The Diary of Anne Frank” (“O Diário de Anne Frank”, 1959), “The Greatest Story Ever Told” (“A Maior História de Todos os Tempos”, 1965, com Max von Sydow) e “The Only Game in Town” (“Quando o Jogo É o Amor”, 1970).

Morreu vítima de ataque cardíaco. Tem uma estrela na Calçada da Fama, em 1701 Vine Street. 

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