Quirnheim era coronel do exército
alemão, na época do nazismo. Foi executado no dia 21 de Julho de 1944, junto
com os outros conspiradores do Atentado de 20 de Julho contra Adolf
Hitler. Foi um oficial essencial e apoiado por Claus von Stauffenberg para o plano
de matar o führer Adolf Hitler.
Quirnheim, que era, filho de
Hermann Ritter Mertz von Quirnheim, capitão do Estado-Maior Geral da Baviera,
passou a sua juventude na capital da Baviera antes do pai ser nomeado chefe do Arquivo
Imperial (Reichsarchiv), quando a sua família se mudou para Potsdam.
Na infância, desenvolveu amizade com Hans-Jürgen von Blumenthal e, quando jovem
adulto, veio a conhecer os irmãos Werner von Haeften e Hans Bernd von Haeften.
Por meio de ligações familiares, estes acabaram se tornando futuros
companheiros de conspiração.
Quirnheim juntou-se ao Reichswehr
em 1923. A sua amizade com Claus von Stauffenberg, que se tornaria o
conspirador-chave, começou em 1925. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial,
Quirnheim foi nomeado director de Pessoal da divisão organizacional do
Estado-Maior Geral.
Inicialmente, Quirnheim tinha
posição favorável em relação à ascensão de Hitler ao poder, mas começou a
distanciar-se do regime quanto mais consciente ficava da brutalidade deste. Em
1941, por exemplo, o seu apoio a um tratamento mais humano aos civis, na Europa
Oriental ocupada pelos nazis, desencadeou uma disputa entre Alfred Rosenberg (ministro
do Reich para os Territórios Orientais Ocupados) e Erich Koch (comissário
do Reich para a Ucrânia). Em 1942, enquanto foi promovido a tenente-coronel e,
em seguida, a chefe de Gabinete do 24º Exército na Frente Oriental,
fortaleceu os seus laços com a resistência alemã através de seu cunhado,
Wilhelm Dieckmann. Ele foi promovido a coronel em 1943, o mesmo ano em que se
casou com Hilde Baier.
Em Setembro de 1943, Quirnheim
envolveu-se com a conspiração para matar Hitler. Quirnheim, general Friedrich
Olbrich (seu superior) e Stauffenberg elaboraram a Operação Valquíria,
um plano de acção para ser executado logo que Hitler morresse. Enquanto isso,
Quirnheim sucedeu a Stauffenberg como chefe de Pessoal do Escritório Geral
do Exército em Berlim. Imediatamente após o atentado à vida de Hitler na
Prússia Oriental, em 20 de Julho de 1944, Quirnheim pediu com urgência ao general
Olbrich para iniciar a Operação Valquíria, mesmo que não estivessem
certos de que Hitler havia sido morto. Quase ao mesmo tempo, porém, começaram a
chegar notícias de que Hitler havia sobrevivido à tentativa de assassinato.
Dentro de algumas horas,
Quirnheim, Stauffenberg, Olbrich e Werner von Haeften foram presos, julgados e
sumariamente executados pelo coronel-general Friedrich Fromm - um apoiante
secreto que os traiu assim que a conspiração falhou - e foram fuzilados e
enterrados no Adro de Matthäus no distrito de Schönenberg, Berlim. Há
uma lápide funerária em memória desse acontecimento, no local. Heinrich
Himmler, subsequentemente, ordenou que os corpos fossem exumados, cremados e
que as cinzas fossem espalhadas.
Dias depois, os pais de Quirnheim
e uma das suas irmãs foram presos pela Gestapo, e o seu cunhado foi
executado em 13 de Setembro de 1944.
Há, actualmente, um memorial,
onde Quirnheim e os seus companheiros na Conspiração de 20 de Julho
foram executados.
O actor alemão Christian Berkel interpreta Albrecht Mertz von Quirnheim no filme de Bryan Singer “Valkyrie” (2008).
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