Nascido na Normandia, Queneau foi o único filho de
Auguste Queneau e Joséphine Mignot.
Ele formou-se em 1919 em Latim e Grego e,
depois, em 1920 em Filosofia. Estudou na Sorbonne (1921/1923).
Queneau fez o seu serviço militar na Argélia e em
Marrocos nos anos de 1925/1926.
Teve os seus trabalhos editados pela Gallimard,
editora dos vanguardistas franceses, onde começou como leitor em 1938 e, depois,
secretário geral. Trabalhou também na Enciclopédia la Pléiade em 1956.
Entra no grupo surrealista Collège de ‘Pataphysique
em 1950, onde se torna satrap e foi eleito para a Académie Goncourt,
em 1951, e Academia do Humor, em 1952. Foi também júri do Festival de
Cinema de Cannes 1955/1957.
Como autor, Queneau destacou-se em França com a
publicação de seu romance de 1959 “Zazie dans le métro” e com a sua
adaptação para o cinema em filme dirigido por Louis Malle em 1960, um dos
expoentes da Nouvelle Vague. Zazie explora a linguagem coloquial opondo-se
ao linguajar do francês escrito na época.
“Si tu t’imagines” é uma canção composta por
Queneau e tornada popular na versão de Juliette Greco.
Um dos seus mais importantes trabalhos é “Exercícios
de Estilo”, que conta a simples história de um homem que narra a sua
experiência vendo um estranho duas vezes no mesmo dia. O que torna esta
narrativa singular é que ela é contada de noventa e nove formas diferentes,
demonstrando uma enorme variedade de estilos na qual a narração de história
pode ser feita.
Queneau foi sepultado com os seus pais em
Juvisy-sur-Orge, em Essonne nas cercanias de Paris.
Em 1924, Queneau junta-se aos Surrealistas, mas
não adopta os seus métodos de escrita automática ou as suas posições políticas.
Como muitos surrealistas, ele fez psicanálise, mas não para estimular a sua
criatividade.
Queneau questionou o apoio que os surrealistas deram
ao estado soviético em 1926.
Em 11 de Março de 1929, Queneau foi secretário de um
encontro dos surrealistas onde se discutiu Trotsky e, em 1930, junto com
Crevel, Paul Éluard, Louis Aragon e André Breton, tornou-se membro do Partido
Comunista Francês, como parte da oposição de esquerda internacional.
Queneau também participou em Un cadavre em
1930, um veemente panfleto anti-Breton escrito junto com Bataille, Leiris,
Jacques Prévert, Alejo Carpentier, Jacques Baron, J.-A. Boiffard, Robert
Desnos, Georges Limbour, Max Morise, Georges Ribemont-Dessaignes, e Roger
Vitrac.
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