Foi muito popular, sobretudo na década de 40 e
inícios dos anos 50 do século XX. Nasceu no concelho de Valongo,
distrito do Porto.
Oriundo de uma família de artistas, tinha um irmão e
uma irmã que também cantavam, mas que não foram muito conhecidos. Ficou famoso
pela sua voz extensa, a sua facilidade em utilizar os agudos e pelo seu timbre
quente.
Obteve grande popularidade, surgindo como um dos
intérpretes principais da película “Capas Negras” (1947), onde
contracenou com a fadista Amália Rodrigues, continuando no período que se lhe
seguiu como vedeta de cinema em vários filmes nacionais.
Em 1946, foi estreada no Parque Mayer a peça “Sala
Júlia Mendes”, na qual Alberto Ribeiro foi um dos principais intérpretes,
juntamente com Amália.
Participou em várias operetas porque, quer pela sua
figura, quer pelo seu cantar, era o intérprete ideal, para um espectáculo muito
popular na época.
Na década de 1960, voltou ao palco no âmbito da
comemoração dos 25 anos da opereta “Nazaré”, na qual interpretava, entre
outras canções, “Maria da Nazaré” de sua autoria, em parceria com o
poeta António Vilar da Costa, e que tinha sido um estrondoso êxito na década de
1940.
Refira-se ainda que foi ele o criador do tema “Cartas
de Amor”, mais tarde muito popularizado por Tony de Matos. No citado filme,
que co-protagonizava com Amália, interpretou “Coimbra”, canção que a
fadista tornaria internacionalmente conhecida.
Foi intérprete de “Marianita”, “Senhora da
Nazaré”, “Soldados de Portugal”, “O Porto É Assim” ou “Eu
Já Não Sei”, este último retomado por outros cantores como “Florência”.
Passado pouco tempo, retirou-se novamente de cena, sem
que ninguém o compreendesse, remetendo-se a um silêncio que ninguém conseguiu
quebrar. Apesar disso, os seus admiradores não o esqueceram, tendo surgido
várias reedições dos seus discos.
Alberto Ribeiro faleceu aos 80 anos. Na sua terra
natal, existe uma rua com o seu nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário