Foi o 32º primeiro-ministro de Itália, exercendo cinco
mandatos separados.
Fanfani foi um dos políticos italianos mais conhecidos
após a Segunda Guerra Mundial e uma figura histórica da facção de
esquerda da Democracia Cristã.
Ele também é considerado um dos fundadores da moderna
centro-esquerda italiana.
Começando como um protegido de Alcide De Gasperi,
Fanfani alcançou o posto de gabinete ainda jovem e ocupou todos os principais
cargos do Estado ao longo de uma carreira política de quarenta anos.
Na política externa, foi um dos maiores defensores da
integração europeia e estreitou relações com o mundo árabe.
Na política interna, era conhecido pela sua cooperação
com o Partido Socialista Italiano, que trouxe para uma aliança que
renovou radicalmente o país, graças a inúmeras reformas, incluindo a
nacionalização da Enel, a extensão da escolaridade obrigatória e a
introdução de um sistema tributário mais progressivo.
Fanfani ocupou vários cargos ministeriais, incluindo ministro
do Interior, ministro das Relações Exteriores, ministro do Trabalho,
ministro da Agricultura e ministro do Orçamento e Planeamento Económico.
Também foi presidente do Senado italiano em três mandatos entre 1968 e
1987. Foi nomeado senador vitalício em 1972. Seis anos depois, após a renúncia
de Giovanni Leone, assumiu provisoriamente as funções de presidente da República
como presidente do Câmara Alta do Parlamento, até à eleição de Sandro
Pertini. No entanto, apesar da sua longa experiência política e prestígio
pessoal, Fanfani nunca conseguiu ser eleito chefe de estado.
Fanfani e o líder liberal de longa data Giovanni
Giolitti ainda detêm o recorde de serem os únicos estadistas a terem servido
como primeiro-ministro em cinco períodos não consecutivos.
Fanfani era por vezes apelidado de “cavallo di
razza” (“cavalo de raça pura”), graças à sua habilidade política
inata; no entanto, os seus detractores chamaram-no simplesmente “Pónei”,
devido à sua pequena estatura.
Recebeu o Doutoramento Honoris Causa da Universidade
de Coimbra em 1982.
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