Entre 2008 e 2014, ocupou o cargo de ministro da Defesa.
Foi eleito como quarto presidente da República de Moçambique, em 2014 e
reeleito em 2019.
Filipe Nyusi nasceu em Namau, no distrito de Mueda,
província de Cabo Delgado. Os pais eram veteranos do movimento de libertação FRELIMO.
Durante o início da Guerra da Independência de Moçambique, os pais
refugiaram-se na vizinha Tanzânia, onde foi educado na escola primária da Frelimo
em Tunduru.
Nyusi frequentou o ensinou secundário na escola da Frelimo
em Mariri, Cabo Delgado, e na Escola Secundária Samora Machel na Beira.
Em 1973, e com 14 anos, juntou-se à Frelimo,
recebendo formação política e militar na Tanzânia.
Em 1990, concluiu o curso de Engenharia Mecânica na
ex Academia Militar de Brno (actual Universidade de Defesa), na
Checoslováquia, tendo também uma pós-graduação na Universidade de Manchester,
em Inglaterra, no curso de Administração.
Antes de ser nomeado para o governo de Armando
Guebuza, Nyusi trabalhou para a empresa estatal dos Portos e Caminhos de
Ferro de Moçambique.
Em 1995, foi nomeado director executivo da divisão
norte, CFM-Norte, tendo integrado o conselho de administração em 2007.
Entre 1993 e 2002, foi também presidente do Clube
Ferroviário de Nampula, um clube de futebol da primeira divisão com sede em
Nampula.
Foi professor assistente no campus de Nampula da Universidade
Pedagógica (actual Universidade Rovuma), fellow da Africa
Leadership Initative e membro do Comité Nacional dos Combatentes da Luta
de Libertação Nacional.
Filipe Nyusi assumiu o cargo de ministro da Defesa
em 27 de Março de 2008, sucedendo a Tobias Joaquim Dai. A nomeação de Nyusi
aconteceu um ano após um incêndio que provocou a explosão do paiol de munições
de Malhazine em Maputo, o qual matou mais de 100 pessoas e destruiu 14 000
habitações, e sobre o qual uma comissão de investigação governamental concluiu
a existência de negligência. Embora não tenha sido divulgada qualquer
explicação oficial para o afastamento de Dai, é possível que tenha sido em
consequência da catástrofe de Malhazine.
Em Setembro de 2012, Filipe Nyusi foi eleito para o Comité
Central da Frelimo durante o X Congresso.
Em 1 de Março de 2014, o Comité Central da Frelimo
elegeu Filipe Nyusi para candidato do partido às eleições gerais de 2014. Na
primeira volta, obteve 46% dos votos, destacando-se em relação ao segundo
candidato do partido, Luísa Diogo, mas sem a maioria absoluta necessária para
vencer. Na segunda volta, obteve 68% dos votos, contra 31% de Luísa Diogo.
Embora Nyusi fosse visto como um candidato relativamente obscuro em comparação
com os restantes, era o candidato que mais se identificava com o presidente Guebuza.
Acredita-se que a selecção de Nyusi para candidato da Frelimo permitiria
a Guebuza, já no limite de mandatos, manter poder considerável após abandonar o
cargo.
Em 3 de Janeiro de 2022, foi divulgado que o
presidente e a sua esposa estavam em isolamento sanitário depois de ambos terem
testado positivo ao Covid-19.
Filipe Nyusi é membro da comunidade étnica dos Macondes.
É casado com Isaura Gonçalo Ferrão Nyusi e têm quatro filhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário