EFEMÉRIDE - Em 25 de Abril de 1974, um grupo de jovens oficiais pôs fim a mais de quarenta anos da ditadura fascista, iniciada por Salazar. Nas semanas que se seguiram, operários, camponeses e militares foram autores de uma das experiências revolucionárias mais interessantes da Europa, na segunda metade do século XX.Portugal estava submetido há décadas a um regime ditatorial e corporativista, dirigido com mão de ferro por Salazar, um admirador de Mussolini e de Franco, mais discretamente de Hitler, em virtude do jogo de alianças e de “neutralidades” vigente quando da 2ª Grande-Guerra. Depois da sua morte, foi substituído por Marcelo Caetano, sem que esse facto tivesse alterado a natureza do regime, apesar de uma “anunciada primavera”. Continuava a haver um partido único, sindicatos cujos dirigentes estavam sujeitos à aprovação do Governo, corporações, forças armadas aparentemente domesticadas e, sobretudo, a famigerada polícia política.
Confrontado com as guerras coloniais a partir dos anos 60, Salazar tinha enviado um importante corpo expedicionário para as várias frentes, tentando em vão dominar os guerrilheiros dos vários Movimentos de Libertação. Internamente, a Censura vigiava todos os conteúdos dos jornais, dos programas da rádio e da televisão, e mesmo de espectáculos e manifestações culturais.
O impasse na guerra colonial, que o regime não quis nem soube aproveitar para conversações com os Movimentos de Libertação, levaram à formação de um grupo de jovens oficiais, na maioria estudantes ou já licenciados, que começaram a pôr em questão o regime e a política colonial.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, os oficiais do MFA (Movimento das Forças Armadas) partiram ao assalto do poder e derrubaram o regime que caiu como um castelo de cartas. De manhã cedo, e contrariando as instruções dadas pela rádio, o Povo desceu à rua, fez com que o Movimento se consolidasse, contribuiu para a abertura das portas das prisões políticas, saqueou - onde pôde - os locais da polícia política e colocou cravos nos canos das espingardas dos soldados.
Nos dias seguintes, assistiu-se ao regresso dos exilados e ao aparecimento dos partidos políticos, alguns já existentes mas que estavam na clandestinidade. Os mais importantes, o Partido Comunista e o Partido Socialista, viram chegar os seus líderes Cunhal e Soares.
Depois, seguiu-se o período em que era o “Povo quem mais ordenava”, com o ponto mais alto no primeiro 1º de Maio em liberdade. Fomos dando, entretanto, novas Nações ao Mundo, Países que constituem hoje os PALOP, juntamente com Portugal e o Brasil.
Em 25 de Novembro de 1975, as forças “mais moderadas” das Forças Armadas puseram um ponto final em quase todos os sonhos, com o apoio de muitos que agora gritam “Aqui d’El-Rei”. Como é costume dizer-se nessas ocasiões, “tudo entrou na normalidade”…
O resto já faz parte da história mais recente: avanços, recuos, traições, exageros, recuperação de antigas figuras e branqueamento de antigas políticas. E , apesar de tudo, Liberdade, sem comparação com a “desfrutada” anteriormente. Ela é, no entanto, muitas vezes, meramente formal, pois há vários modos de a condicionar…
Confrontado com as guerras coloniais a partir dos anos 60, Salazar tinha enviado um importante corpo expedicionário para as várias frentes, tentando em vão dominar os guerrilheiros dos vários Movimentos de Libertação. Internamente, a Censura vigiava todos os conteúdos dos jornais, dos programas da rádio e da televisão, e mesmo de espectáculos e manifestações culturais.
O impasse na guerra colonial, que o regime não quis nem soube aproveitar para conversações com os Movimentos de Libertação, levaram à formação de um grupo de jovens oficiais, na maioria estudantes ou já licenciados, que começaram a pôr em questão o regime e a política colonial.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, os oficiais do MFA (Movimento das Forças Armadas) partiram ao assalto do poder e derrubaram o regime que caiu como um castelo de cartas. De manhã cedo, e contrariando as instruções dadas pela rádio, o Povo desceu à rua, fez com que o Movimento se consolidasse, contribuiu para a abertura das portas das prisões políticas, saqueou - onde pôde - os locais da polícia política e colocou cravos nos canos das espingardas dos soldados.
Nos dias seguintes, assistiu-se ao regresso dos exilados e ao aparecimento dos partidos políticos, alguns já existentes mas que estavam na clandestinidade. Os mais importantes, o Partido Comunista e o Partido Socialista, viram chegar os seus líderes Cunhal e Soares.
Depois, seguiu-se o período em que era o “Povo quem mais ordenava”, com o ponto mais alto no primeiro 1º de Maio em liberdade. Fomos dando, entretanto, novas Nações ao Mundo, Países que constituem hoje os PALOP, juntamente com Portugal e o Brasil.
Em 25 de Novembro de 1975, as forças “mais moderadas” das Forças Armadas puseram um ponto final em quase todos os sonhos, com o apoio de muitos que agora gritam “Aqui d’El-Rei”. Como é costume dizer-se nessas ocasiões, “tudo entrou na normalidade”…
O resto já faz parte da história mais recente: avanços, recuos, traições, exageros, recuperação de antigas figuras e branqueamento de antigas políticas. E , apesar de tudo, Liberdade, sem comparação com a “desfrutada” anteriormente. Ela é, no entanto, muitas vezes, meramente formal, pois há vários modos de a condicionar…
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