EFEMÉRIDE - Jacques Romain Georges Brel, autor, compositor e cantor belga, nasceu em Schaarbeek, perto de Bruxelas, em 8 de Abril de 1929, tendo falecido em França, Bobigny, no dia 9 de Outubro de 1978.
Pouco inclinado para os estudos, cedo começou a denotar interesse pelas artes e, com 15 anos, já colaborou na criação de um grupo de teatro, actuando em várias peças, escrevendo pequenas histórias e improvisando músicas ao piano, para acompanhar os seus próprios poemas.
No começo dos anos “50”, deixou de trabalhar na fábrica do pai, continuou a escrever canções e estreou-se a cantar em bares de Bruxelas, acompanhando-se a si próprio à guitarra. Em 1953, gravou o seu primeiro disco e partiu para Paris, onde cantou em muitos locais. Na segunda metade desta década, chegou a participar em 7 espectáculos numa só noite. Em 1959, já celebrizado pelas suas canções, cantou no famoso Bobino, em Paris, e em Bruxelas, em L’Ancienne Belgique, ao lado de Charles Aznavour. Foi criando temas que abordavam, de maneiras diversas, as realidades e problemas do quotidiano, trabalhando sempre a um ritmo infernal. Em 1966, portanto com 37 anos, anunciou que ia deixar de cantar em público e participou em vários espectáculos de despedida, o último dos quais em 1967, em Roubaix. Virou-se então para o Teatro e para o Cinema, não só como actor mas também como realizador. Teve êxito mas, eterno insatisfeito da vida, abandonou tudo e foi vaguear pelo mundo. Detentor de brevets aéreo e marítimo, comprou um veleiro de 19 metros, com o qual decidiu - em 1974 - dar a volta ao mundo. Ao aportar aos Açores, tomou conhecimento da morte de um grande amigo e um mês depois foi-lhe detectado um tumor num pulmão. Foi operado e, dois meses mais tarde, retomou o veleiro e reatou a grande viagem. Em 1975, aportou às Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa. Decidiu ali habitar e comprou um avião bimotor, utilizando-o não só para as suas deslocações, mas também para transportar gratuitamente pessoas e correio “inter ilhas”, afim de quebrar o isolamento das populações
Fiel a uma das suas divisas (“Tenho mais medo de ser um velho cretino, do que de morrer”), Brel parecia preparar-se para o fim. Em 1977, discretamente, deslocou-se a Paris para gravar o seu último disco, chamado simplesmente Brel. Alheio ao sucesso (700 000 discos vendidos, no primeiro dia), voltou logo para a “sua” ilha. Em 1978, sentindo-se bastante doente, voltou a Paris e foi internado com uma embolia pulmonar. Morreu numa madrugada de Outubro e fez então a sua última viagem para a Polinésia, onde quis ser sepultado. Tinha 49 anos. Não longe do seu túmulo, jazem os restos mortais do, também célebre e enamorado da ilha, pintor Paul Gauguin.
Pouco inclinado para os estudos, cedo começou a denotar interesse pelas artes e, com 15 anos, já colaborou na criação de um grupo de teatro, actuando em várias peças, escrevendo pequenas histórias e improvisando músicas ao piano, para acompanhar os seus próprios poemas.
No começo dos anos “50”, deixou de trabalhar na fábrica do pai, continuou a escrever canções e estreou-se a cantar em bares de Bruxelas, acompanhando-se a si próprio à guitarra. Em 1953, gravou o seu primeiro disco e partiu para Paris, onde cantou em muitos locais. Na segunda metade desta década, chegou a participar em 7 espectáculos numa só noite. Em 1959, já celebrizado pelas suas canções, cantou no famoso Bobino, em Paris, e em Bruxelas, em L’Ancienne Belgique, ao lado de Charles Aznavour. Foi criando temas que abordavam, de maneiras diversas, as realidades e problemas do quotidiano, trabalhando sempre a um ritmo infernal. Em 1966, portanto com 37 anos, anunciou que ia deixar de cantar em público e participou em vários espectáculos de despedida, o último dos quais em 1967, em Roubaix. Virou-se então para o Teatro e para o Cinema, não só como actor mas também como realizador. Teve êxito mas, eterno insatisfeito da vida, abandonou tudo e foi vaguear pelo mundo. Detentor de brevets aéreo e marítimo, comprou um veleiro de 19 metros, com o qual decidiu - em 1974 - dar a volta ao mundo. Ao aportar aos Açores, tomou conhecimento da morte de um grande amigo e um mês depois foi-lhe detectado um tumor num pulmão. Foi operado e, dois meses mais tarde, retomou o veleiro e reatou a grande viagem. Em 1975, aportou às Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa. Decidiu ali habitar e comprou um avião bimotor, utilizando-o não só para as suas deslocações, mas também para transportar gratuitamente pessoas e correio “inter ilhas”, afim de quebrar o isolamento das populações
Fiel a uma das suas divisas (“Tenho mais medo de ser um velho cretino, do que de morrer”), Brel parecia preparar-se para o fim. Em 1977, discretamente, deslocou-se a Paris para gravar o seu último disco, chamado simplesmente Brel. Alheio ao sucesso (700 000 discos vendidos, no primeiro dia), voltou logo para a “sua” ilha. Em 1978, sentindo-se bastante doente, voltou a Paris e foi internado com uma embolia pulmonar. Morreu numa madrugada de Outubro e fez então a sua última viagem para a Polinésia, onde quis ser sepultado. Tinha 49 anos. Não longe do seu túmulo, jazem os restos mortais do, também célebre e enamorado da ilha, pintor Paul Gauguin.
Sem comentários:
Enviar um comentário