EFEMÉRIDE – Estêvão Amarante Carvalho da Silva, empresário, actor e cantor português, faleceu no Porto em 6 de Dezembro de 1951. Nascera em Lisboa no dia 9 de Janeiro de 1894.
Desde criança, começou a revelar talento em operetas, revistas e comédias musicadas. Actuou em teatros desmontáveis de feiras, nos arredores de Lisboa, até se consagrar em salas de teatro e de cinema, interpretando figuras de características populares.
Órfão de pai, viu-se obrigado a ajudar ao sustento da família. Deu os primeiros passos no palco, quando foi preciso uma criança para um papel secundário da peça “A Viagem de Suzete” (1900). Durante algum tempo limitou-se a papéis de miúdo, que lhe criaram popularidade junto do público e que, em 1906, chamaram a atenção do empresário Luís Galhardo, que o convidou para a sua primeira revista “P'rá Frente”, onde cantou o grande êxito popular “Toma lá cerejas”. Tinha 17 anos e, dois anos depois, a opereta “Viúva-alegre” seria escrita já à sua medida.
Com uma excelente voz e um talento multifacetado de actor, Amarante tornou-se rapidamente num caso de sucesso, quer na revista, onde aperfeiçoou os seus dotes de comediante, quer na opereta.
Depois de uma tournée pelo Brasil, voltou a Lisboa em 1918 criando a “Companhia Satanela /Amarante”, de parceria com a vedeta italiana e sua esposa Luísa Satanela. Quando a companhia apostou na revista “Água-Pé” (1927), foi um êxito estrondoso com mais de um ano em cena. Esta revista, juntamente com “O novo mundo”, onde criou “O fado do ganga”, terão sido os pontos máximos da sua carreira. Separou-se da mulher em 1930, o que foi mal visto pelo público que o votou ao ostracismo.
Em 1936, em “Feira de Agosto”, onde demonstrava a sua antipatia por Salazar, interpretou um número de revista contra o ditador: “Tiroliroliro, ai, ai, ai, este santinho não cai!”. O êxito voltou a ser tremendo e o povo, farto de Salazar, aplaudiu!
De 1941 a 1942, integrou o elenco da “Companhia de Amélia Rey Colaço/Robles Monteiro”, no Teatro Nacional D. Maria II, reconciliando-se com o público. Em 1943, criou com grande sucesso o “Fado do Marialva”, na revista “Fora dos eixos”.
Participou nos filmes portugueses “Lisboa, Crónica Anedótica” (1930), “A Minha Noite de Núpcias” (filmado em Paris, para a Paramount, em 1930), “Maria Papoila” (1937), “Feitiço do Império” (1940), “É Perigoso debruçar-se” (1946), “O Hóspede do Quarto 13” (1946), “O Grande Elias” (1950) e “Madragoa” (1951).
A sua boa estrela começara no entanto a empalidecer. Morreu subitamente, aos 57 anos, justamente quando se preparava para almoçar, no Porto, a convite de Hermínia Silva e do seu marido. Estava a actuar então na capital nortenha, numa revista com esta famosa fadista.
A notícia da sua morte causou profunda emoção em todo o País, pois o actor gozava ainda de grande popularidade. Para trás, ficavam interpretações inscritas para sempre na história do teatro português.
Desde criança, começou a revelar talento em operetas, revistas e comédias musicadas. Actuou em teatros desmontáveis de feiras, nos arredores de Lisboa, até se consagrar em salas de teatro e de cinema, interpretando figuras de características populares.
Órfão de pai, viu-se obrigado a ajudar ao sustento da família. Deu os primeiros passos no palco, quando foi preciso uma criança para um papel secundário da peça “A Viagem de Suzete” (1900). Durante algum tempo limitou-se a papéis de miúdo, que lhe criaram popularidade junto do público e que, em 1906, chamaram a atenção do empresário Luís Galhardo, que o convidou para a sua primeira revista “P'rá Frente”, onde cantou o grande êxito popular “Toma lá cerejas”. Tinha 17 anos e, dois anos depois, a opereta “Viúva-alegre” seria escrita já à sua medida.
Com uma excelente voz e um talento multifacetado de actor, Amarante tornou-se rapidamente num caso de sucesso, quer na revista, onde aperfeiçoou os seus dotes de comediante, quer na opereta.
Depois de uma tournée pelo Brasil, voltou a Lisboa em 1918 criando a “Companhia Satanela /Amarante”, de parceria com a vedeta italiana e sua esposa Luísa Satanela. Quando a companhia apostou na revista “Água-Pé” (1927), foi um êxito estrondoso com mais de um ano em cena. Esta revista, juntamente com “O novo mundo”, onde criou “O fado do ganga”, terão sido os pontos máximos da sua carreira. Separou-se da mulher em 1930, o que foi mal visto pelo público que o votou ao ostracismo.
Em 1936, em “Feira de Agosto”, onde demonstrava a sua antipatia por Salazar, interpretou um número de revista contra o ditador: “Tiroliroliro, ai, ai, ai, este santinho não cai!”. O êxito voltou a ser tremendo e o povo, farto de Salazar, aplaudiu!
De 1941 a 1942, integrou o elenco da “Companhia de Amélia Rey Colaço/Robles Monteiro”, no Teatro Nacional D. Maria II, reconciliando-se com o público. Em 1943, criou com grande sucesso o “Fado do Marialva”, na revista “Fora dos eixos”.
Participou nos filmes portugueses “Lisboa, Crónica Anedótica” (1930), “A Minha Noite de Núpcias” (filmado em Paris, para a Paramount, em 1930), “Maria Papoila” (1937), “Feitiço do Império” (1940), “É Perigoso debruçar-se” (1946), “O Hóspede do Quarto 13” (1946), “O Grande Elias” (1950) e “Madragoa” (1951).
A sua boa estrela começara no entanto a empalidecer. Morreu subitamente, aos 57 anos, justamente quando se preparava para almoçar, no Porto, a convite de Hermínia Silva e do seu marido. Estava a actuar então na capital nortenha, numa revista com esta famosa fadista.
A notícia da sua morte causou profunda emoção em todo o País, pois o actor gozava ainda de grande popularidade. Para trás, ficavam interpretações inscritas para sempre na história do teatro português.
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