EFEMÉRIDE – Rubem Braga, escritor brasileiro, considerado por muitos como o maior cronista do Brasil desde Machado de Assis, faleceu no Rio de Janeiro em 19 de Dezembro de 1990. Nascera em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, no dia 12 de Janeiro de 1913.
Estudou no Colégio Salesiano em Niterói, iniciando-se no jornalismo profissional ainda estudante, com 15 anos, no “Correio do Sul”, jornal da sua terra natal para o qual fazia reportagens. Assinava também crónicas diárias no “Diário da Tarde”. Licenciou-se na Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1932, mas nunca exerceu a profissão. Nesse mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionalista em São Paulo, chegando a ser preso. Transferiu-se para o Recife, dirigindo a página de crónicas policiais no “Diário de Pernambuco”. Nesta cidade, fundou o periódico “Folha do Povo”. Em 1936 publicou o seu primeiro livro de crónicas, “O Conde e o Passarinho”, e fundou em São Paulo a revista “Problemas”.
Rubem Braga fez diversas viagens, tendo sido embaixador do Brasil em Marrocos, nomeado por Jânio Quadros, e correspondente de jornais brasileiros em várias cidades estrangeiras. Após o seu regresso, exerceu o jornalismo em diversas cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crónicas e críticas literárias para o “Jornal Hoje” da “Rede Globo de Televisão”. A sua vida como jornalista repartiu-se por inúmeros periódicos. Participou igualmente em várias antologias, entre elas a “Antologia dos Poetas Contemporâneos”.
Rubem Braga tinha o dom de imortalizar o quotidiano, conseguindo de maneira inigualável transformar um simples texto jornalístico numa bela crónica. Desde que surgiu para a literatura, na década de 1930, encantou os leitores brasileiros. Retratando com limpidez o complexo quotidiano do país, Rubem Braga dava à crónica brasileira uma nova dimensão, que só os grandes escritores sabem dar: a universalidade. Durante a Segunda Guerra Mundial foi correspondente de guerra (“Diário Carioca”) junto da Força Expedicionária Brasileira em Itália.
Em 1968, juntamente com Fernando Sabino e Otto Lara Resende, fundou a Editora Sabiá, responsável pelo lançamento no Brasil de escritores como Gabriel Garcia Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges.
Na noite de 17 de Dezembro de 1990, reuniu um pequeno grupo de amigos no seu apartamento de Ipanema. Foi um encontro silencioso, mas claramente subentendido por todos. Duas noites depois, sedado num quarto do Hospital Samaritano, Rubem Braga morria, sozinho como desejara e sempre pedira aos seus amigos mais próximos. A causa da morte foi uma paragem respiratória, provocada por um tumor na laringe que ele preferira não fazer operar nem tratar quimicamente.
Deixou uma vasta obra, composta sobretudo por livros de crónicas, que se foram sucessivamente esgotando. Dissera um dia: «O que gosto mesmo é de escrever para ser lido no dia seguinte».
Estudou no Colégio Salesiano em Niterói, iniciando-se no jornalismo profissional ainda estudante, com 15 anos, no “Correio do Sul”, jornal da sua terra natal para o qual fazia reportagens. Assinava também crónicas diárias no “Diário da Tarde”. Licenciou-se na Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1932, mas nunca exerceu a profissão. Nesse mesmo ano, cobriu a Revolução Constitucionalista em São Paulo, chegando a ser preso. Transferiu-se para o Recife, dirigindo a página de crónicas policiais no “Diário de Pernambuco”. Nesta cidade, fundou o periódico “Folha do Povo”. Em 1936 publicou o seu primeiro livro de crónicas, “O Conde e o Passarinho”, e fundou em São Paulo a revista “Problemas”.
Rubem Braga fez diversas viagens, tendo sido embaixador do Brasil em Marrocos, nomeado por Jânio Quadros, e correspondente de jornais brasileiros em várias cidades estrangeiras. Após o seu regresso, exerceu o jornalismo em diversas cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crónicas e críticas literárias para o “Jornal Hoje” da “Rede Globo de Televisão”. A sua vida como jornalista repartiu-se por inúmeros periódicos. Participou igualmente em várias antologias, entre elas a “Antologia dos Poetas Contemporâneos”.
Rubem Braga tinha o dom de imortalizar o quotidiano, conseguindo de maneira inigualável transformar um simples texto jornalístico numa bela crónica. Desde que surgiu para a literatura, na década de 1930, encantou os leitores brasileiros. Retratando com limpidez o complexo quotidiano do país, Rubem Braga dava à crónica brasileira uma nova dimensão, que só os grandes escritores sabem dar: a universalidade. Durante a Segunda Guerra Mundial foi correspondente de guerra (“Diário Carioca”) junto da Força Expedicionária Brasileira em Itália.
Em 1968, juntamente com Fernando Sabino e Otto Lara Resende, fundou a Editora Sabiá, responsável pelo lançamento no Brasil de escritores como Gabriel Garcia Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis Borges.
Na noite de 17 de Dezembro de 1990, reuniu um pequeno grupo de amigos no seu apartamento de Ipanema. Foi um encontro silencioso, mas claramente subentendido por todos. Duas noites depois, sedado num quarto do Hospital Samaritano, Rubem Braga morria, sozinho como desejara e sempre pedira aos seus amigos mais próximos. A causa da morte foi uma paragem respiratória, provocada por um tumor na laringe que ele preferira não fazer operar nem tratar quimicamente.
Deixou uma vasta obra, composta sobretudo por livros de crónicas, que se foram sucessivamente esgotando. Dissera um dia: «O que gosto mesmo é de escrever para ser lido no dia seguinte».
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