quarta-feira, 29 de setembro de 2010

EFEMÉRIDETintoretto, de seu verdadeiro nome Jacopo Robusti, pintor italiano da Renascença, um dos artistas mais radicais do “Maneirismo”, nasceu em Veneza no dia 29 de Setembro de 1518. Morreu na mesma cidade em 31 de Maio de 1594.
Em virtude da sua energia ao pintar, foi chamado “Il Furioso”. A sua utilização da perspectiva e dos efeitos da luz fizeram dele também um dos precursores do “Barroco”.
Na infância, Jacopo, um pintor nato, começou a decorar as paredes da tinturaria paterna. Vendo o seu talento, o pai levou-o ao atelier de Ticiano, na época com mais de cinquenta anos, para aprender o ofício. Dizem que o mestre ficou pouco tempo com ele, por ter percebido o talento e a independência da criança, o que faria dele um óptimo pintor mas nunca um bom aprendiz.
Tintoretto estudou então por conta própria, observando as obras dos grandes mestres. Estudou especialmente alguns modelos de Michelangelo.
Os seus primeiros trabalhos foram dois murais: “A Festa de Balthasar” e “Carga de Cavalaria”. O primeiro trabalho a ter repercussão mais ampla foi um retrato dele e do irmão com um efeito nocturno. Tintoretto foi um dos poucos pintores que conseguiu reconhecimento sem uma aprendizagem convencional.
A obra que coroaria o trabalho de Tintoretto, a última pintura de importância que executou, foi “Paraíso”, considerada a maior pintura jamais feita sobre uma tela. É admirável pela escala e pela pureza da inspiração, com apaixonada imaginação visual e uma quase magia para as formas e para as cores. Ele trabalhou a obra em estúdio e só depois a levou para o local definitivo, para aí fazer os retoques finais.
Depois, Jacopo Robusti levou uma vida mais repousada, não realizando mais nenhum trabalho relevante. Morreu de uma doença estranha, que começou como uma dor de estômago seguida de febre.
Teve poucos pupilos, existindo porém influências suas na obra do contemporâneo Veronese e na do espanhol El Greco, que tomou contacto com as suas pinturas numa viagem a Veneza.
Tintoretto saía pouco da sua cidade. Ele amava todas as artes, tocava vários instrumentos musicais, alguns de sua invenção, desenhou roupas e adereços para o teatro, era versado em mecânica e era uma companhia agradável. Dificilmente admitia porém algum amigo no local de trabalho e mantinha as suas ideias e modelos escondidos dos olhares estranhos e mesmo dos seus assistentes.

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