sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ANTÍTESE

(Poema antigo, recordando
tantos amigos desaparecidos)


Triste e acabrunhado
Olho uma rosa pálida:
- Tem uma gotinha de água
Numa das suas pétalas,
Reflexo de qualquer lágrima
Que deslizou pela face
De certa mulher perdida.
Não tardará a murchar,
Para outra rosa nascer
E ela poder ser esquecida.

Antítese das rosas,
Os homens quando morrem
Não devem ser olvidados:
- Estranho mundo que somos,
Coabitando com sombras
Em lugares inocupados


Gabriel de Sousa

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