EFEMÉRIDE – Jean Maurice Eugène Clément Cocteau, poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, actor e encenador de teatro francês, morreu em Milly-la-Forêt no dia 11 de Outubro de 1963. Nascera em Maisons-Lafitte, em 5 de Julho de 1889.
Em conjunto com outros surrealistas da sua geração, Cocteau conseguiu conjugar com maestria os novos e os velhos códigos verbais, a linguagem de encenação e as tecnologias do modernismo, criando um paradoxo: um “modernismo clássico”.
As suas peças foram levadas aos palcos dos Grandes Teatros, nos Boulevards da época parisiense em que viveu e que ele ajudou a definir e a criar. A sua abordagem versátil e nada convencional e a sua enorme produtividade trouxeram-lhe fama internacional.
Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX e actuou activamente em diversos movimentos artísticos. Foi eleito membro da Academia Francesa e da Academia Real da Bélgica em 1955.
Homossexual, nunca escamoteou a sua orientação sexual. Manteve estreita amizade com Jean Marais, o seu actor preferido. Entre os seus amigos contavam-se Édith Piaf, Jean Genet, etc.
Cocteau realizou sete filmes e colaborou como argumentista ou narrador em mais alguns, todos eles ricos em simbolismos e imagens surreais. É considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos.
O pai suicidou-se quando ele tinha nove anos. Cocteau começou a escrever aos dez e aos dezasseis já publicava as suas primeiras poesias, um ano depois de abandonar a casa familiar. Apesar de se distinguir em todos os campos literários e artísticos, Cocteau insistia em que era fundamentalmente um poeta e que toda a sua obra era poesia. Em 1909, com vinte anos, publicou o seu primeiro livro de poemas “A Lâmpada de Aladino”. O seu segundo livro, “O príncipe frívolo”, foi editado no ano seguinte. Por esta altura conheceu os escritores Marcel Proust e André Gide.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Cocteau prestou serviço na Cruz Vermelha como condutor de ambulâncias. Neste período conheceu o poeta Guillaume Apollinaire, os pintores Pablo Picasso e Amedeo Modigliani e numerosos outros escritores e artistas com quem mais tarde viria a colaborar. O empresário russo de ballet, Sergei Diaghilev, desafiou Cocteau a escrever um cenário para um novo bailado: “- Surpreende-me!”, teria dito Diaghilev. O resultado foi “Parade”, que seria produzido por Diaghilev em 1917, com cenografia de Picasso.
Expoente importante do Surrealismo, Cocteau teve enorme influência na obra de outros artistas. O consumo de ópio e os seus esforços para deixar esta droga afectaram profundamente o seu estilo literário. O seu livro mais famoso, “Les Enfants Terribles”, foi escrito numa semana em que fez uma dolorosa tentativa de abandonar o ópio. Em “Ópio, diário de uma desintoxicação” narrou a experiência da sua recuperação do vício em 1929.
Na década de 1930, Cocteau teve um surpreendente caso com a Princesa Natalie Paley, a linda filha de um Grão-duque da família Romanov, modelo e actriz, anteriormente casada com um costureiro. Natalie ficou grávida mas, para grande desgosto de ambos, veio a abortar.
Em 1940, “Le Bel Indifférent”, uma peça de teatro que Cocteau escreveu para Édith Piaf, teve um enorme sucesso. Trabalhou também com Pablo Picasso em diversos projectos e fez amizade com inúmeros artistas europeus. Publicou um considerável número de ensaios criticando a homofobia.
Os filmes de Cocteau que, na sua maioria, foram escritos e realizados por ele próprio, foram particularmente importantes para a introdução do Surrealismo no cinema francês e influenciaram, até um certo ponto, a “Nouvelle Vague”. Os seus filmes mais conhecidos são “Les parents terribles” (1948), “La Belle et la Bête”(1946) e “Orpheus” (1949).
Cocteau morreu de enfarte do miocárdio, apenas algumas horas depois de saber da morte da sua grande amiga Édith Piaf.
Em conjunto com outros surrealistas da sua geração, Cocteau conseguiu conjugar com maestria os novos e os velhos códigos verbais, a linguagem de encenação e as tecnologias do modernismo, criando um paradoxo: um “modernismo clássico”.
As suas peças foram levadas aos palcos dos Grandes Teatros, nos Boulevards da época parisiense em que viveu e que ele ajudou a definir e a criar. A sua abordagem versátil e nada convencional e a sua enorme produtividade trouxeram-lhe fama internacional.
Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX e actuou activamente em diversos movimentos artísticos. Foi eleito membro da Academia Francesa e da Academia Real da Bélgica em 1955.
Homossexual, nunca escamoteou a sua orientação sexual. Manteve estreita amizade com Jean Marais, o seu actor preferido. Entre os seus amigos contavam-se Édith Piaf, Jean Genet, etc.
Cocteau realizou sete filmes e colaborou como argumentista ou narrador em mais alguns, todos eles ricos em simbolismos e imagens surreais. É considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos.
O pai suicidou-se quando ele tinha nove anos. Cocteau começou a escrever aos dez e aos dezasseis já publicava as suas primeiras poesias, um ano depois de abandonar a casa familiar. Apesar de se distinguir em todos os campos literários e artísticos, Cocteau insistia em que era fundamentalmente um poeta e que toda a sua obra era poesia. Em 1909, com vinte anos, publicou o seu primeiro livro de poemas “A Lâmpada de Aladino”. O seu segundo livro, “O príncipe frívolo”, foi editado no ano seguinte. Por esta altura conheceu os escritores Marcel Proust e André Gide.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Cocteau prestou serviço na Cruz Vermelha como condutor de ambulâncias. Neste período conheceu o poeta Guillaume Apollinaire, os pintores Pablo Picasso e Amedeo Modigliani e numerosos outros escritores e artistas com quem mais tarde viria a colaborar. O empresário russo de ballet, Sergei Diaghilev, desafiou Cocteau a escrever um cenário para um novo bailado: “- Surpreende-me!”, teria dito Diaghilev. O resultado foi “Parade”, que seria produzido por Diaghilev em 1917, com cenografia de Picasso.
Expoente importante do Surrealismo, Cocteau teve enorme influência na obra de outros artistas. O consumo de ópio e os seus esforços para deixar esta droga afectaram profundamente o seu estilo literário. O seu livro mais famoso, “Les Enfants Terribles”, foi escrito numa semana em que fez uma dolorosa tentativa de abandonar o ópio. Em “Ópio, diário de uma desintoxicação” narrou a experiência da sua recuperação do vício em 1929.
Na década de 1930, Cocteau teve um surpreendente caso com a Princesa Natalie Paley, a linda filha de um Grão-duque da família Romanov, modelo e actriz, anteriormente casada com um costureiro. Natalie ficou grávida mas, para grande desgosto de ambos, veio a abortar.
Em 1940, “Le Bel Indifférent”, uma peça de teatro que Cocteau escreveu para Édith Piaf, teve um enorme sucesso. Trabalhou também com Pablo Picasso em diversos projectos e fez amizade com inúmeros artistas europeus. Publicou um considerável número de ensaios criticando a homofobia.
Os filmes de Cocteau que, na sua maioria, foram escritos e realizados por ele próprio, foram particularmente importantes para a introdução do Surrealismo no cinema francês e influenciaram, até um certo ponto, a “Nouvelle Vague”. Os seus filmes mais conhecidos são “Les parents terribles” (1948), “La Belle et la Bête”(1946) e “Orpheus” (1949).
Cocteau morreu de enfarte do miocárdio, apenas algumas horas depois de saber da morte da sua grande amiga Édith Piaf.
Pode ler-se no epitáfio da sua pedra tumular: «Fico convosco». Em 22 de Junho de 2010, a sua casa em Milly-la-Forêt, entretanto transformada em museu, foi inaugurada.
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