EFEMÉRIDE – Eugenio Montale, poeta, prosador, jornalista e tradutor italiano, nasceu em Génova no dia 12 de Outubro de 1896. Faleceu em Milão, em 12 de Setembro de 1981. Recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1975.
Era o mais novo de seis irmãos e foi deixado um pouco entregue a si mesmo e à sua melancolia. Inscrito no Instituto Técnico Comercial Vittorio Emmanuel, onde obteve o diploma em 1915, Montale tinha todo o seu tempo livre para cultivar como entendesse os seus centros de interesse, principalmente literários, frequentar bibliotecas municipais e assistir mesmo a cursos privados de filosofia de uma sua irmã.
A sua educação foi a típica de um autodidacta, que descobriu a sua vocação através de um percurso livre de qualquer influência, para além da própria vontade e dos próprios limites. A literatura (Dante em primeiro lugar) e as línguas estrangeiras foram o terreno privilegiado onde o seu imaginário buscou as primeiras raízes.
Com a bagagem literária e espiritual adquirida, Montale chegou a Florença em 1927, para ocupar o cargo de redactor de uma editora. Os anos precedentes tinham sido decisivos para o nascimento da poesia moderna e para uma profunda renovação cultural que nem a censura fascista conseguira asfixiar. Montale entrou discretamente na poesia italiana, começando a escrever para todas as novas revistas literárias que nasciam e morriam naqueles anos de incessante pesquisa poética.
A sua vida em Florença prosseguiu entre incertezas económicas e frágeis relações sentimentais. Até à sua instalação em Milão (1948), no isolamento a que o fascismo obrigava, publicou muitos poemas, cuja maior divulgação a partir dos anos 1960 fez com que fossem considerados como dos mais importantes do século XX italiano.
Começou a colaborar no “Corriere della sera”, onde escreveu críticas musicais e fez reportagens que o levaram a vários países, entre outros os do Médio Oriente, quando da visita do Papa Paulo VI à Palestina. Mas viajar não fazia parte do seu imaginário poético. O seu mundo era a solidão e os sonhos no seu apartamento milanês. Paradoxalmente isto não o impediu de receber vários reconhecimentos oficiais: doutoramentos honoris causa (Milão 1961, Cambridge 1967 e Roma 1974), Senador de 1967 até à sua morte e Prémio Nobel.
Nos últimos anos da sua vida, Montale aprofundou a sua filosofia e tornou-se menos reservado, como se temesse não ter tempo para «dizer tudo o que lhe ia na alma».
Era o mais novo de seis irmãos e foi deixado um pouco entregue a si mesmo e à sua melancolia. Inscrito no Instituto Técnico Comercial Vittorio Emmanuel, onde obteve o diploma em 1915, Montale tinha todo o seu tempo livre para cultivar como entendesse os seus centros de interesse, principalmente literários, frequentar bibliotecas municipais e assistir mesmo a cursos privados de filosofia de uma sua irmã.
A sua educação foi a típica de um autodidacta, que descobriu a sua vocação através de um percurso livre de qualquer influência, para além da própria vontade e dos próprios limites. A literatura (Dante em primeiro lugar) e as línguas estrangeiras foram o terreno privilegiado onde o seu imaginário buscou as primeiras raízes.
Com a bagagem literária e espiritual adquirida, Montale chegou a Florença em 1927, para ocupar o cargo de redactor de uma editora. Os anos precedentes tinham sido decisivos para o nascimento da poesia moderna e para uma profunda renovação cultural que nem a censura fascista conseguira asfixiar. Montale entrou discretamente na poesia italiana, começando a escrever para todas as novas revistas literárias que nasciam e morriam naqueles anos de incessante pesquisa poética.
A sua vida em Florença prosseguiu entre incertezas económicas e frágeis relações sentimentais. Até à sua instalação em Milão (1948), no isolamento a que o fascismo obrigava, publicou muitos poemas, cuja maior divulgação a partir dos anos 1960 fez com que fossem considerados como dos mais importantes do século XX italiano.
Começou a colaborar no “Corriere della sera”, onde escreveu críticas musicais e fez reportagens que o levaram a vários países, entre outros os do Médio Oriente, quando da visita do Papa Paulo VI à Palestina. Mas viajar não fazia parte do seu imaginário poético. O seu mundo era a solidão e os sonhos no seu apartamento milanês. Paradoxalmente isto não o impediu de receber vários reconhecimentos oficiais: doutoramentos honoris causa (Milão 1961, Cambridge 1967 e Roma 1974), Senador de 1967 até à sua morte e Prémio Nobel.
Nos últimos anos da sua vida, Montale aprofundou a sua filosofia e tornou-se menos reservado, como se temesse não ter tempo para «dizer tudo o que lhe ia na alma».
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