EFEMÉRIDE – Fausto, de seu nome completo, Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, compositor e cantor português, nasceu em Vila Franca das Naves, no dia 26 de Novembro de 1948.
Foi naturalizado em Vila Franca das Naves, se bem que tenha nascido a bordo do navio “Pátria”, que navegava entre Portugal e Angola.
Com vinte anos, veio para Lisboa, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais, no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Estudava ainda, quando lançou o primeiro álbum, “Fausto”. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, e igualmente de José Mário Branco e Luís Cília, que viviam no exílio.
Eleito Presidente da Direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político na sua actividade musical. Como “castigo”, foi chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Fausto recusou-se a comparecer no quartel e foi considerado refractário.
Vivendo quase clandestino, Fausto fez grande parte das gravações do seu segundo LP em Madrid. Nele, incluiu letras de Eugénio de Andrade e de Mário Henrique Leiria, num todo de características políticas muito acentuadas.
Com o 25 de Abril de 1974, Fausto acompanhou a actividade frenética dos cantores da resistência ao regime deposto.
Após o período mais quente da Revolução, Fausto assistiu ao que ele considera uma invasão da música anglo-saxónica. Reagiu: «Sempre me opus e resisti à tirania do rock e do pop em Portugal pelo que isso representa de normalização da música». E deu a sua própria resposta, gravando em 1977 “Madrugada dos Trapeiros”, um dos discos fundadores da nova música popular portuguesa.
Em “Por Este Rio Acima” (1982) e a partir da obra de Fernão Mendes Pinto, o principal cronista dos Descobrimentos, Fausto traçou um retrato da sociedade portuguesa, procurando os pontos de confluência entre a época das naus e das caravelas e a actualidade. A esse propósito, o autor afirmou: «Canto o lado do povo anónimo que ia nos barcos, não o dos heróis. Canto o outro lado da História, o lado mais humano. Não falo do passado. Falo dos dias de hoje e curiosamente há pontos em comum».
Com “A Preto e Branco” (1989), as canções africanas da sua adolescência foram de novo interpretadas, num reencontro com a música angolana.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2005 (dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo), é um dos mais importantes nomes da música portuguesa, a popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro e Cristina Branco.
O país reconheceu, em 1997, a importância de Fausto, através da Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, que o convidou para dar um concerto comemorativo dos 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia.
Foi naturalizado em Vila Franca das Naves, se bem que tenha nascido a bordo do navio “Pátria”, que navegava entre Portugal e Angola.
Com vinte anos, veio para Lisboa, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais, no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Estudava ainda, quando lançou o primeiro álbum, “Fausto”. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, e igualmente de José Mário Branco e Luís Cília, que viviam no exílio.
Eleito Presidente da Direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político na sua actividade musical. Como “castigo”, foi chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Fausto recusou-se a comparecer no quartel e foi considerado refractário.
Vivendo quase clandestino, Fausto fez grande parte das gravações do seu segundo LP em Madrid. Nele, incluiu letras de Eugénio de Andrade e de Mário Henrique Leiria, num todo de características políticas muito acentuadas.
Com o 25 de Abril de 1974, Fausto acompanhou a actividade frenética dos cantores da resistência ao regime deposto.
Após o período mais quente da Revolução, Fausto assistiu ao que ele considera uma invasão da música anglo-saxónica. Reagiu: «Sempre me opus e resisti à tirania do rock e do pop em Portugal pelo que isso representa de normalização da música». E deu a sua própria resposta, gravando em 1977 “Madrugada dos Trapeiros”, um dos discos fundadores da nova música popular portuguesa.
Em “Por Este Rio Acima” (1982) e a partir da obra de Fernão Mendes Pinto, o principal cronista dos Descobrimentos, Fausto traçou um retrato da sociedade portuguesa, procurando os pontos de confluência entre a época das naus e das caravelas e a actualidade. A esse propósito, o autor afirmou: «Canto o lado do povo anónimo que ia nos barcos, não o dos heróis. Canto o outro lado da História, o lado mais humano. Não falo do passado. Falo dos dias de hoje e curiosamente há pontos em comum».
Com “A Preto e Branco” (1989), as canções africanas da sua adolescência foram de novo interpretadas, num reencontro com a música angolana.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2005 (dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo), é um dos mais importantes nomes da música portuguesa, a popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro e Cristina Branco.
O país reconheceu, em 1997, a importância de Fausto, através da Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, que o convidou para dar um concerto comemorativo dos 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia.
Sem comentários:
Enviar um comentário