EFEMÉRIDE – Pier Paolo Pasolini, escritor, cenarista e realizador italiano, faleceu em Ostia no dia 2 de Novembro de 1975. Nascera em Bolonha, em 5 de Março de 1922.
Desde muito jovem, os seus passatempos favoritos eram a leitura de bons autores e o futebol. Escrevia poesias e frequentava um cineclube. Em 1939 licenciou-se em Literatura na Universidade de Bolonha.
Era homossexual assumido e teve a sua primeira paixão por um dos seus alunos. Ao mesmo tempo, uma estudante eslovena apaixonou-se por Pasolini. Foi um dos primeiros dilemas da sua vida.
Pier Paolo Pasolini era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta, foi professor, ensaísta, cronista, poeta, dramaturgo e romancista, com vários livros publicados e alguns premiados. Escreveu também em várias revistas e jornais, sobretudo literários.
Em 1947 escreveu uma declaração polémica na primeira página do jornal “Libertà”: «Em nossa opinião, actualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura.». A controvérsia foi parcialmente devida ao facto de ele ainda não ser membro do Partido Comunista Italiano. Após a sua adesão ao PCI, participou em várias manifestações e, em 1949, assistiu ao Congresso da Paz em Paris. Foi ao observar as lutas dos trabalhadores e dos camponeses, e ao ver os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, que começou a imaginar o seu primeiro romance.
Em Outubro do mesmo ano, foi acusado de corrupção de menores e actos obscenos em lugares públicos. Como resultado, foi excluído do Partido Comunista e perdeu o emprego de professor que tinha obtido no ano anterior em Valvasone. Ficou numa situação difícil e, em Janeiro de 1950, mudou-se para Roma com a sua mãe. Começou a dedicar-se ao cinema em 1960, sem abandonar no entanto a literatura.
Os seus primeiros filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado à igreja católica), que promovia a alienação e hábitos conservadores. Em 1961 passou para o cinema a sua visão sobre o proletariado na sociedade italiana da época. Gostava de trabalhar com actores amadores e com o povo.
Foi selvaticamente assassinado em Novembro de 1975. O seu corpo tinha o rosto desfigurado e foi encontrado na praia de Ostia, perto de Roma. Os motivos do crime continuam a gerar polémica até hoje, sendo associados a razões políticas ou a um mero latrocínio. Um processo judicial concluiu que o cineasta fora assassinado por um garoto de programa, que teria o intuito de o assaltar. Tal versão, porém, revelou-se pouco credível. Existem estudos, filmes e programas de TV que deitam por terra a versão da justiça italiana. Em 2005, Pino Pelosi declarou não ter sido ele o assassino de Pasolini e que confessara o crime por recear represálias sobre si e a sua família. Os assassinos seriam três homens com pronúncia siciliana.
Pasolini ganhou vários prémios de que se destacam: Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes (1974), Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes (1958), Urso de Ouro no Festival de Berlim (1972), Prémio Especial do Júri no Festival de Berlim (1971), Prémio Especial do Júri e Prémio OCIC no Festival de Veneza (1964).
Os seus filmes mais famosos serão “O Evangelho segundo São Mateus” (com três nomeações para os Oscars), “Contos de Canterbury” (Urso de Ouro em Berlim) e “Mil e Uma Noites”. Apesar da sua vida atribulada, Pasolini é reconhecido como uma das figuras centrais da cultura italiana.
Desde muito jovem, os seus passatempos favoritos eram a leitura de bons autores e o futebol. Escrevia poesias e frequentava um cineclube. Em 1939 licenciou-se em Literatura na Universidade de Bolonha.
Era homossexual assumido e teve a sua primeira paixão por um dos seus alunos. Ao mesmo tempo, uma estudante eslovena apaixonou-se por Pasolini. Foi um dos primeiros dilemas da sua vida.
Pier Paolo Pasolini era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta, foi professor, ensaísta, cronista, poeta, dramaturgo e romancista, com vários livros publicados e alguns premiados. Escreveu também em várias revistas e jornais, sobretudo literários.
Em 1947 escreveu uma declaração polémica na primeira página do jornal “Libertà”: «Em nossa opinião, actualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura.». A controvérsia foi parcialmente devida ao facto de ele ainda não ser membro do Partido Comunista Italiano. Após a sua adesão ao PCI, participou em várias manifestações e, em 1949, assistiu ao Congresso da Paz em Paris. Foi ao observar as lutas dos trabalhadores e dos camponeses, e ao ver os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, que começou a imaginar o seu primeiro romance.
Em Outubro do mesmo ano, foi acusado de corrupção de menores e actos obscenos em lugares públicos. Como resultado, foi excluído do Partido Comunista e perdeu o emprego de professor que tinha obtido no ano anterior em Valvasone. Ficou numa situação difícil e, em Janeiro de 1950, mudou-se para Roma com a sua mãe. Começou a dedicar-se ao cinema em 1960, sem abandonar no entanto a literatura.
Os seus primeiros filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado à igreja católica), que promovia a alienação e hábitos conservadores. Em 1961 passou para o cinema a sua visão sobre o proletariado na sociedade italiana da época. Gostava de trabalhar com actores amadores e com o povo.
Foi selvaticamente assassinado em Novembro de 1975. O seu corpo tinha o rosto desfigurado e foi encontrado na praia de Ostia, perto de Roma. Os motivos do crime continuam a gerar polémica até hoje, sendo associados a razões políticas ou a um mero latrocínio. Um processo judicial concluiu que o cineasta fora assassinado por um garoto de programa, que teria o intuito de o assaltar. Tal versão, porém, revelou-se pouco credível. Existem estudos, filmes e programas de TV que deitam por terra a versão da justiça italiana. Em 2005, Pino Pelosi declarou não ter sido ele o assassino de Pasolini e que confessara o crime por recear represálias sobre si e a sua família. Os assassinos seriam três homens com pronúncia siciliana.
Pasolini ganhou vários prémios de que se destacam: Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes (1974), Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes (1958), Urso de Ouro no Festival de Berlim (1972), Prémio Especial do Júri no Festival de Berlim (1971), Prémio Especial do Júri e Prémio OCIC no Festival de Veneza (1964).
Os seus filmes mais famosos serão “O Evangelho segundo São Mateus” (com três nomeações para os Oscars), “Contos de Canterbury” (Urso de Ouro em Berlim) e “Mil e Uma Noites”. Apesar da sua vida atribulada, Pasolini é reconhecido como uma das figuras centrais da cultura italiana.
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