sábado, 12 de março de 2011

EFEMÉRIDE Charles Cunningham Boycott, militar britânico e “Agente de Terras”, nasceu em Norfolk no dia 12 de Março de 1832. Morreu em 19 de Junho de 1897.
Charles Boycott, a partir de 1850, serviu o Exército Britânico no 39º Regimento de Infantaria. Em 1872 foi para a Irlanda trabalhar como Agente de Terras de um latifundiário local.
Passando por dificuldades, os camponeses pediram-lhe uma redução no preço do aluguer das terras. Boycott recusou.
Em 1880, Michael Davitt liderou a retirada dos trabalhadores necessários para fazer a colheita. O movimento fazia parte da campanha da Liga Irlandesa da Terra, para proteger os inquilinos da exploração, assegurando um aluguer justo, a garantia de emprego e o direito de venda livre. Quando Boycott tentou enfrentar esta campanha, a Liga lançou um movimento para o isolar na comunidade local: os vizinhos não lhe falavam, as lojas não o serviam e, na igreja, ninguém se sentava perto dele.
A campanha contra Boycott tornou-se famosa na imprensa britânica e os jornais ingleses enviaram correspondentes ao oeste de Irlanda, dando destaque ao que consideraram «um ataque de camponeses a um empregado de um Lorde do reino».
Cinquenta membros da organização protestante irlandesa “Orange Order” deslocaram-se à propriedade do Lorde Erne para fazer a colheita. Um regimento de 1 000 homens da organização policial “Royal Irish Constabulary” foi enviado para proteger as plantações. O episódio custou ao governo britânico cerca de 10 000 Libras, para proteger as 350 Libras que valia a colheita de batatas.
Charles Boycott, stressado, deixou a Irlanda em Dezembro de 1880. O ostracismo, de que foi alvo, veio dar à língua inglesa o verbo “boycott”, que significa “colocar em ostracismo”. Este termo inglês, que imortalizou o seu apelido, deu origem em português à palavra boicote. “Boicotar” passou a significar “método de desobediência civil e de política não-violenta”.

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