EFEMÉRIDE – Gervásio da Silva Lima, escritor açoriano, com uma vasta obra em prosa e em verso que inclui contos, peças de teatro e ensaios de etnografia e de história, nasceu na Praia da Vitória em 26 de Março de 1876. Morreu em Angra do Heroísmo no dia 24 de Fevereiro de 1945.
Perdeu o pai aos 5 meses de idade e viu-se forçado a ingressar no mundo do trabalho, logo após a conclusão dos estudos primários. Foi essencialmente um autodidacta, desenvolvendo desde cedo, e sem frequentar mais nenhuma escola, uma escrita cuidada e erudita e um notável acervo de conhecimentos sobre a historiografia local.
Residiu até 1914 na Praia da Vitória, onde fundou e dirigiu os periódicos “Cartão” (1903), “A Primavera” (1905) e “O Imparcial” (1907-1913). Com a publicação destes jornais e com o início da sua produção escrita, foi ganhando notoriedade no meio intelectual da ilha, o que lhe valeu ser contratado para a Biblioteca Municipal de Angra.
Fixou-se então em Angra do Heroísmo, onde iniciou uma carreira de 31 anos, como bibliotecário adjunto até 1917 e como bibliotecário de 1917 a 1945, o que lhe permitiu acesso permanente aos arquivos municipais e às obras existentes na Biblioteca Municipal. Naquela biblioteca procedeu à catalogação e ao estudo das mais de 3 000 obras de temática açoriana.
No campo da história não foi um investigador preocupado com o rigor científico dos temas tratados, escrevendo obras de pendor romântico, reveladoras do seu patriotismo e do amor à terra em que nasceu. Deu corpo e alma a heróis terceirenses, transformando-os em verdadeiros mitos populares.
Mantendo a actividade de jornalista, dirigiu os periódicos “O Democrata” (1914-1920), “ABC“ (1920) e “Cantos & Contos” (1935), colaborando igualmente noutros jornais.
Paralelamente estabeleceu uma vasta rede de contactos com academias e instituições científicas, o que o levou a ser sócio da Academia de Cádis, da Academia de Sevilha, da Sociedade de Geografia de Lisboa e das Sociedades de Geografia de Paris, de Genebra e de Itália.
Quando se iniciou o movimento intelectual que pretendia criar academias nas cidades açorianas, foi sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira.
Também se empenhou na divulgação de factos e personagens ligados à história da Terceira, organizando eventos comemorativos de acontecimentos históricos, jogos florais e homenagens a terceirenses ilustres. Interessado pela etnografia e pelo folclore, recolheu e publicou textos de cantadores populares, contos e tradições orais da ilha.
A sua obra, pela divulgação que teve, foi fundamental para a construção de uma memória histórica terceirense e açoriana.
O seu prestígio era tal que lhe foram prestadas homenagens públicas pelas Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo (1928) e da Praia da Vitória (1934), que incluíram a colocação de placas comemorativas nas casas em que viveu em ambas as localidades. Foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago.
Homem generoso, entregava para fins de caridade parte do produto da venda de algumas das suas publicações. Nos finais da década de 1930, viu-se obrigado a pedir uma pensão ao Estado, pois os rendimentos que auferia não eram suficientes para se sustentar a ele e a sua mãe. Faleceu pobre. As cidades de Angra e Praia recordam Gervásio Lima na sua toponímia.
Perdeu o pai aos 5 meses de idade e viu-se forçado a ingressar no mundo do trabalho, logo após a conclusão dos estudos primários. Foi essencialmente um autodidacta, desenvolvendo desde cedo, e sem frequentar mais nenhuma escola, uma escrita cuidada e erudita e um notável acervo de conhecimentos sobre a historiografia local.
Residiu até 1914 na Praia da Vitória, onde fundou e dirigiu os periódicos “Cartão” (1903), “A Primavera” (1905) e “O Imparcial” (1907-1913). Com a publicação destes jornais e com o início da sua produção escrita, foi ganhando notoriedade no meio intelectual da ilha, o que lhe valeu ser contratado para a Biblioteca Municipal de Angra.
Fixou-se então em Angra do Heroísmo, onde iniciou uma carreira de 31 anos, como bibliotecário adjunto até 1917 e como bibliotecário de 1917 a 1945, o que lhe permitiu acesso permanente aos arquivos municipais e às obras existentes na Biblioteca Municipal. Naquela biblioteca procedeu à catalogação e ao estudo das mais de 3 000 obras de temática açoriana.
No campo da história não foi um investigador preocupado com o rigor científico dos temas tratados, escrevendo obras de pendor romântico, reveladoras do seu patriotismo e do amor à terra em que nasceu. Deu corpo e alma a heróis terceirenses, transformando-os em verdadeiros mitos populares.
Mantendo a actividade de jornalista, dirigiu os periódicos “O Democrata” (1914-1920), “ABC“ (1920) e “Cantos & Contos” (1935), colaborando igualmente noutros jornais.
Paralelamente estabeleceu uma vasta rede de contactos com academias e instituições científicas, o que o levou a ser sócio da Academia de Cádis, da Academia de Sevilha, da Sociedade de Geografia de Lisboa e das Sociedades de Geografia de Paris, de Genebra e de Itália.
Quando se iniciou o movimento intelectual que pretendia criar academias nas cidades açorianas, foi sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira.
Também se empenhou na divulgação de factos e personagens ligados à história da Terceira, organizando eventos comemorativos de acontecimentos históricos, jogos florais e homenagens a terceirenses ilustres. Interessado pela etnografia e pelo folclore, recolheu e publicou textos de cantadores populares, contos e tradições orais da ilha.
A sua obra, pela divulgação que teve, foi fundamental para a construção de uma memória histórica terceirense e açoriana.
O seu prestígio era tal que lhe foram prestadas homenagens públicas pelas Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo (1928) e da Praia da Vitória (1934), que incluíram a colocação de placas comemorativas nas casas em que viveu em ambas as localidades. Foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago.
Homem generoso, entregava para fins de caridade parte do produto da venda de algumas das suas publicações. Nos finais da década de 1930, viu-se obrigado a pedir uma pensão ao Estado, pois os rendimentos que auferia não eram suficientes para se sustentar a ele e a sua mãe. Faleceu pobre. As cidades de Angra e Praia recordam Gervásio Lima na sua toponímia.
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