EFEMÉRIDE
– Brian Wilson Aldiss, escritor inglês, sobretudo de ficção
científica mas também ensaísta, nasceu em Norfolk no dia 18 de Agosto de 1925.
Fortemente influenciado pelo pioneiro de ficção científica H. G. Wells, Aldiss
é o vice-presidente da H. G. Wells Society. O seu conto “Super-Toys”
(1969) serviu de base a Stanley Kubrick e Steven Spielberg para o guião do
filme “A.I. – Inteligência Artificial”.
Em
1943, alistou-se no regimento dos Royal Signals, tendo prestado serviço
militar na Birmânia. Foram talvez as florestas tropicais desse país que o
inspiraram a escrever “Hothouse” (“A Longa Tarde da Terra” na
edição portuguesa). Foi desmobilizado em 1947.
Fixou-se
em Oxford, onde encontrou trabalho numa livraria. Determinado a tornar-se
escritor, publicou “The Brightfount Diaries” em 1955, narrando com humor
justamente a vida de um empregado livreiro. O sucesso do livro permitiu-lhe
integrar o jornal “Oxford Mail”, onde escreveu regularmente uma crónica
literária. Ganhou depois um concurso de contos organizado pelo jornal “The
Observer”, que lhe possibilitou a publicação da sua primeira recolha de
novelas.
As
suas obras de ficção científica vêm a servir de ponte entre os temas da velha
ficção científica chamada “idade de ouro” e a sofisticação das novas formas da
ciência.
A
partir de 1960, foi presidente durante largo tempo da British Science
Fiction Association. Editou numerosas antologias de sucesso e escreveu
várias obras que analisam a história da ficção científica, a mais conhecida
sendo “Trillion Year Spree: a History of Science Fiction”.
Em
1962, publicou “O Mundo Verde”, inspirado na sua experiência nas
florestas da Birmânia e na ilha de Sumatra, quando da Segunda Guerra Mundial.
Este livro recebeu o prestigiado Prémio Hugo.
Em
1964, criou o primeiro magazine crítico de ficção científica, “Science
Fiction Horizons”, do qual só foram publicados dois números mas em que
participaram alguns escritores de renome como William S. Burroughs.
Em
1983, recebeu o Prémio John W. Campbell Memorial pela sua obra “A
Primavera de Helicónia”, a primeira parte de uma trilogia que também virá a
incluir “O Verão de Helicónia” e “O Inverno de Helicónia”. Foi
decorado, em 2005, aos 80 anos, com a Ordem do Império Britânico pelos «serviços
prestados à Literatura».
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