EFEMÉRIDE
– Thomas Corneille, jurista e dramaturgo francês, nasceu em Ruão no dia 20 de Agosto de 1625. Morreu em Les Andelys , em 8 de
Dezembro de 1709. Thomas era dezanove anos mais novo do que Pierre, também
escritor. Estudou nos Jesuítas, sendo brilhante aluno em Humanidades
e, depois, em Direito.
Deixou
Ruão com destino a Paris ao mesmo tempo do irmão, quando os êxitos de Pierre o
levaram a querer dedicar-se também ao teatro. Começou por fazer comédias,
inspiradas sobretudo em autores espanhóis, passando a ser um sério concorrente
deles no campo das comédias burlescas.
Em
Novembro de 1656, passou a interessar-se por tragédias, escrevendo “Timocrate”,
que obteve um enorme sucesso, com uma série ininterrupta de oitenta
representações, a série mais longa de todo o século.
Escreveu,
só ou em co-autoria, umas quarenta peças de teatro. Contrariamente ao irmão,
interessou-se por todos os géneros dramáticos e também por óperas e intermezos.
Os
seus três libretos de ópera, Psyché (1678), Bellérophon (1679) e Médée
(1693), fizeram dele, juntamente com Philippe Quinault e Jean Galbert de
Campistron, um dos mais importantes libretistas do século XVII.
Ele
e o co-autor Donneau de Visé receberam mais de 6 000 libras pela obra
“La Devineresse
ou les Faux Enchantements”, a mais importante soma paga naquela época.
Em
1677, quatro anos depois da morte de Molière e a pedido da sua viúva Armande
Béjart, Thomas Corneille pôs em verso a peça que Molière tinha criado em 1665
sob o título “Le Festin de pierre”. Estreada no Théâtre Guénégaud.
Os
dois irmãos viviam praticamente juntos e elogiavam-se mutuamente sem a mais
pequena ponta de inveja. Entre o público, uns diziam que Thomas nunca teria
atingido tanto êxito se não fosse à sombra de Pierre; outros achavam que essa
sombra prejudicara a sua autonomia.
Em
1685, sucedeu na Academia Francesa ao seu irmão, que falecera no ano
anterior. Além de escrever vários livros didácticos (1694/1708), Thomas
Corneille fez também uma tradução completa das “Metamorfoses” de Ovídio
(1697).
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