EFEMÉRIDE
– Ange Philippe Paul André Léotard-Tomasi, actor, poeta e cantor
francês, morreu em Paris no dia 25 de Agosto de 2001. Nascera em Nice, em 28
de Agosto de 1940.
Ainda
criança, foi atingido pela doença de Bouillaud, que o deixou de cama
durante muito tempo, em casa de uma avó que morava em Ajaccio. Isto fez
com que lesse muito, utilizando a biblioteca familiar. Lia muitos livros de
poesia, admirando Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud e Cendrars, entre outros.
Leu também Victor Hugo e Flaubert.
Aos
18 anos, em 1958, alistou-se na Legião Estrangeira em Bonifácio, mas
acabou por não ficar. Estudou no Liceu Henri IV em 1958/59, prosseguindo
depois os estudos na Sorbonne, onde se licenciou em Letras. Nesta
universidade, através da Associação Teatral dos Estudantes de Paris,
encontrou Ariane Mnouchkine, com quem fundou o Teatro do Sol em 1964. Paralelamente,
foi professor de Letras e de Filosofia no Colégio Sainte-Barbe
até 1968. Deixou o Teatro do Sol e representou “Les Anges meurtriers” no
Teatro Nacional Popular em 1970.
Continuando
embora no teatro, iniciou-se no cinema graças a Claude Sautet e François
Truffaut. Figurou em “Domicile conjugal” (1970), prosseguindo a sua
aprendizagem com Truffaut, que lhe proporcionou um pequeno papel em “Les
deux anglaises et le continent”, no ano seguinte.
“Avoir
20 ans dans les Aurès” foi o filme que marcou o seu primeiro grande desempenho.
O seu grande sucesso ocorreu em 1975, com “Le Chat et la Souris ” de Claude
Lelouch. Neste mesmo ano, entrou no circuito americano com “French
Connection 2” de John Frankenheimer.
Em
1977, foi nomeado para o César de Melhor Actor Secundário. Viria receber
o César de Melhor Actor em 1983, com “La Balance de Bob
Swaim”. Dedicou-se depois a um cinema mais intimista.
Embora
tardiamente, em 1990, lançou-se também na carreira de cantor. Os dois primeiros
álbuns (“À l'amour comme à la guerre” e “Philippe Léotard canta Léo
Ferré”, um ano depois da morte de Ferré) tiveram grande sucesso. Este
último álbum foi mesmo recompensado com o Prémio Charles-Cros de 1994.
Em
1997, recebeu o Grande Prémio dos Poetas da SACEM. Neste mesmo ano,
interpretou a sua última curta-metragem: “La Momie à mi-mots” de Laury Granier.
Ao longo da sua carreira, representou seis peças teatrais, protagonizou 15
filmes televisivos e mais de oitenta películas. Escreveu três livros.
A droga
e o álcool afectaram muito a sua vida artística, sobretudo ao nível da voz.
Teve dois comas etílicos e várias overdoses. Faleceu, vítima de insuficiência
respiratória, numa clínica parisiense, onde se encontrava hospitalizado há dois
meses. Estava parcialmente paralisado e tinha um cancro na língua.
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