EFEMÉRIDE
– Armindo José Rodrigues, médico, tradutor e poeta português, morreu em
Lisboa no dia 8 de Agosto de 1993. Nascera igualmente na capital portuguesa
em 1904. Grande parte da sua infância foi passada no Alentejo.
Licenciou-se
em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. E
considerado um escritor do movimento neo-realista português. Colaborou
em diversas jornais e revistas como a “Colóquio-Letras” (da Fundação
Calouste Gulbenkian), a “Seara Nova”, a “Vértice”, “O
Diabo” e “Notícias do Bloqueio”.
Tendo
vivido durante os anos da ditadura salazarista e sendo as suas ideias
contrárias ao regime, foi preso por diversas vezes. Na sua luta contra o
fascismo, pertenceu a diversas organizações clandestinas. Participou nas
campanhas eleitorais de Arlindo Vicente, Norton de Matos e Humberto Delgado,
nos anos de 1945, 1949 e 1958, respectivamente. Fez parte do Movimento de
Unidade Democrática (MUD).
Foi
um dos fundadores do PEN Club Português, juntamente com outros
escritores de nomeada. Traduziu obras de André Malraux, Mikhail Cholokov e
Oscar Wilde, entre outros.
José
Saramago organizou, em 1979, uma antologia da obra do poeta, intitulada “O
Poeta Perguntador”. Em 2004, no Museu do Neo-Realismo, foi
comemorado o centenário do seu nascimento. Na Sociedade Portuguesa de
Autores, foi também organizada – na sala Carlos Paredes – uma
exposição sobre a sua vida e obra. Maria Barroso, no livro “Os poemas da
minha vida”, incluiu alguns poemas de Armindo Rodrigues.
O
escritor José Cardoso Pires pôde publicar a sua primeira obra (“Os
Caminheiros e Outros Contos”) porque Mário Dionísio, Alves Redol, Alexandre
O'Neill e Armindo Rodrigues custearam as despesas da edição. O livro “Memórias
da Resistência. Literatura da Resistência ao Estado Novo”, de António Ventura,
contem textos de Armindo José Rodrigues, um poeta quase desconhecido das
gerações mais novas e que merecia maior divulgação.
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