sexta-feira, 1 de abril de 2016

1 DE ABRIL - HELENA RUBINSTEIN

EFEMÉRIDEHelena Rubinstein, de seu verdadeiro nome Chaja Rubinstein, empresária e cosmetóloga polaco/norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 1 de Abril de 1965. Nascera em Cracóvia, em 25 de Dezembro de 1870. Nasceu no então Império Austro-Húngaro, no seio de uma modesta família judia ortodoxa.
Apaixonou-se por um rapaz não judeu com quem queria casar, mas o pai não a autorizou. Quis começar a estudar medicina e a família recusou também. Refugiou-se então em casa de uma tia que vivia em Viena e, aos 21 anos, partiu para a Austrália, onde morava um outro tio. Assim, conseguiu fugir a um casamento “negociado” pela família com um viúvo rico.
Trabalhou como empregada doméstica durante três meses, o tempo de aprender inglês e preparar um projecto profissional. Inspirada por um unguento que recebera de um químico húngaro, o creme Valaze, uma mistura de ervas, cascas e amêndoas, criou a sua própria pomada para tratamento da pele. Face ao sucesso obtido junto das amigas, criou a sociedade Helena Rubinstein e abriu a sua primeira boutique em Melbourne. Produziu outros cremes, loções e sabões. Instalou o primeiro salão de beleza do mundo em 1912.
Em virtude do êxito conseguido, cedeu a boutique e o salão de beleza a uma das suas irmãs para poder percorrer o mundo e encontrar-se com outros empresários, cientistas (dermatologistas e especialistas em dietas) e igualmente com artistas que pudessem mediatizar os seus produtos.
Casou-se, teve dois filhos e fixou-se em Inglaterra, onde abriu uma loja em Londres (1908). Consultou a cientista Marie Curie, para perceber o funcionamento da pele. Simultaneamente, convenceu os médicos de que «a beleza não era uma coisa fútil». Abriu uma nova boutique, em Paris (1912). Desde 1910, estabelecera a classificação das peles (gorda, seca e normal).
Em Paris, relacionou-se com artistas famosos como Marc Chagall, Louise de Vilmorin, Colette, Salvador Dali, Pablo Picasso e Jean Cocteau, que a chamava «Imperatriz da Cosmética e da Beleza». No seu salão parisiense, propunha igualmente massagens, o que em breve se tornaria uma moda.
Em 1914, deixou o marido e os filhos na Europa, que estava em guerra, e instalou-se nos Estados Unidos. Foi em Nova Iorque que abriu o primeiro “instituto americano”, seguindo-se Chicago e Boston. Nos EUA, ela tinha a concorrência de Estée Lauder e de Elisabeth Arden, já implantadas no mercado americano.
Em 1928, vendeu as suas sucursais norte-americanas à Lehman Brothers por 7.3 milhões de dólares.
Tornando-se uma das mulheres mais ricas do mundo, passou a coleccionar casas, jóias e obras de arte. Divorciou-se do marido em 1937. No ano seguinte, consorcia-se com um príncipe georgiano.
Durante a Segunda Guerra Mundial, perdeu toda a sua família polaca e uma parte dos seus bens na Europa. Tornou-se fornecedora de maquilhagens, camuflagens, produtos desmaquilhadores e cremes solares ao exército americano. 
Helena Rubinstein, quando morreu aos 94 anos, deixou ao seu filho sobrevivente uma fortuna colossal, quinze fábricas e 30 000 empregados em todo o mundo. A família vendeu as suas numerosas obras de arte. A marca “Helena Rubinstein” foi vendida em 1973 ao grupo Colgate-Palmolive, que a revendeu por sua vez à L'Oréal em 1988.

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