Destaca-se pelos seus relatos
acerca das duríssimas condições de vida na Roménia sob o regime político de
Nicolae Ceauşescu. Foi casada com o escritor Richard Wagner.
A utilização da língua alemã por
Herta Müller é um signo de resistência, mas também, uma fonte de preconceito,
trauma e violência. A ficção de Müller é moldada pela violência contra a
minoria de fala alemã na Roménia da ditadura.
Ganhou o Nobel de Literatura de
2009 por, «com a densidade da sua poesia e a franqueza da sua prosa,
retratar o universo dos desapossados».
Herta nasceu numa família
católica que vivia da agricultura em Niţchidorf (em alemão: Nitzkydorf),
uma aldeia falante de alemão até aos anos 1980 e localizada na região de
Banat, na zona ocidental da Roménia. A sua família fazia parte da minoria alemã
da Roménia.
O avô era um agricultor rico de
Niţchidorf, cuja loja dava emprego à família. Após 1945 todos os bens foram
retirados à família.
O pai foi membro das SS
durante a II Guerra Mundial, tendo sido posteriormente condutor de
camiões durante a época comunista. Em 1945, sua mãe, então com 17 anos, foi uma
das 100 000 pessoas da minoria alemã deportadas para campos de trabalhos
forçado na União Soviética, tendo sido libertada em 1950.
A língua nativa de Herta é o
alemão. Aprendeu romeno apenas na escola. Concluiu os estudos na escola
secundária Nikolaus Lenau e, posteriormente, foi aluna de Estudos
Alemães e Literatura Romena na Universidade do Oeste de
Timișoara.
Em 1976, Herta trabalhou como tradutora numa fábrica de engenharia, tendo sido despedida em 1979, devido à sua recusa em cooperar com a Securitate, a polícia secreta do regime. Após o seu despedimento, passou a ensinar num infantário e a dar aulas privadas de Alemão.
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