Lagarde foi a primeira mulher a
presidir a grande firma de advocacia internacional Baker & McKenzie,
entre 1999 e 2004. Foi ministra das Economia, Finanças, e Emprego no
governo do primeiro-ministro François Fillon, desde 19 de Junho de 2007 até 29
de Junho de 2011. Anteriormente, havia sido ministra da Agricultura e Pescas
durante um mês entre Maio/Junho de 2007, no governo de François Fillon, e ministra
do Comércio Exterior entre 2005/2007 no governo de Dominique de
Villepin.
Apesar de não ter formação académica
em Economia, Christine Lagarde apresentou em 25 de Maio de 2011 a sua
candidatura à direcção do FMI, na sequência do afastamento de Dominique
Strauss-Kahn, cujo efeito garantiu a eleição anunciada no dia 28 de Junho de 2011, sendo
primeira mulher no comando do Fundo.
Em Dezembro de 2016, um tribunal
francês considerou-a culpada de negligência relacionada com o seu papel na
arbitragem de Bernard Tapie, mas não aplicou qualquer sanção. Em 2018 e 2020, a
“Forbes” classificou-a como nº 3 na lista das 100 Mulheres Mais Poderosas
do Mundo.
O pai de Christine, Robert
Lallouette, foi um professor de Inglês na Faculdade de Rouen,
e sua mãe, Nicole, também era professora. Christine Lagarde cresceu em Le
Havre, na Normandia, juntamente com dois irmãos e a mãe.
Após se graduar em 1974 no Liceu
Claude Monet em Le Havre, recebeu uma bolsa de estudo e ingressou na Holton
Arms School em Bethesda, Maryland, onde completou uma licenciatura em Inglês.
De regresso a França, Christine Lagar de formou-se no Institut d’Études
politiques d’Aix-en-Provence em Direito Social e frequentou a Universidade
de Paris X - Nanterre, preparando-se para a candidatura de admissão à ENA.
Lagarde foi reprovada duas vezes no vestibular e acabou
por receber um mestrado em Inglês, um mestrado em Direito
comercial e um diploma em Direito do trabalho pela Universidade
de Paris X - Nanterre.
Christine Lagarde é divorciada e
tem dois filhos, Pierre-Henri Lagarde (nascido em 1986) e Thomas Lagarde
(nascido em 1988). O seu companheiro é o empresário
Xavier Giocanti, de Marselha. Ela é vegetariana e nunca bebe álcool. As suas paixões são o yoga, o mergulho
e a natação.
Christine Lagarde ingressou na
empresa Baker & McKenzie de Chicago em 1981, tornando-se advogada associada adjunta em 1991, membro do Comité
Executivo em 1995, presidente da Comissão Executiva entre 1999/2004
e membro do Comité de Estratégia Global desde 2004. Posteriormente,
trabalhou como advogada no Tribunal de apelação de Paris antes de
ser nomeada ministra pela primeira vez em 2005.
Entre 2003 e 2005, Lagarde foi
também conselheira de duas filiais da empresa-mãe Baker & McKenzie, sediadas em paraísos fiscais, uma nas Bermudas, outra
em Singapura. Quando do escândalo dos Panama Papers,
C. Lagarde, que era então líder do FMI, criticou duramente os
subterfúgios das multinacionais para fugirem ao pagamento de impostos: «A evasão fiscal provoca uma maior
dívida pública e menor
investimento na educação,
saúde e outros serviços.».
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