Um ídolo da juventude francesa ao
longo das décadas de 1960,1970 e 1980, faleceu em 2018,
aos 70 anos, em decorrência de um cancro.
Gall foi criada numa família de
músicos, tendo o seu avô sido co-fundador de uma escola
de formação de jovens cantores chamada Pequenos
Cantores da Cruz de Madeira.
Em 1965, France Gall representou
o Luxemburgo no Festival Eurovisão da Canção, cantando “Poupée de
cire, poupée de son” (“Boneca de cera, boneca de som)” e obteve a
vitória para o Grão-Ducado.
Em 1988, alcançou outra vez
sucesso em vários países com a canção “Ella, Elle l’a”.
France Gall foi muito popular em
França sobretudo durante a década de 1960, interpretando canções como “Les sucettes” de Serge Gainsbourg e o seu sucesso
chegou ao Reino Unido.
A sua última aparição pública foi
na cerimónia dos Globos de Cristal em 30 de Janeiro
de 2017 no Lido de Paris.
France Gall, que sofreu vários dramas pessoais, descobriu ter cancro
da mama após a morte súbita
do seu marido, Michel Berger, falecido em 1992 aos 44 anos devido a um ataque cardíaco. Ela, no entanto, foi
operada e recuperou.
A sua família estava
profundamente enraizada na música: o pai, Robert Gall, escreveu canções para
Charles Aznavour e Édith Piaf. Apoiada pelos pais, deixou
a escola com a idade de 15 anos, quando cantou as suas primeiras canções. Seguindo o
conselho de um técnico, foi escolhido o nome ‘France’, uma vez que o seu
primeiro nome, Isabelle, já era conhecido por outra cantora francesa, Isabelle
Aubret.
O seu primeiro single, “Ne
sois pas si bête” (“Não seja tão estúpido”) teve um grande êxito. O início
da sua carreira foi especialmente promovido pela
familiaridade com o cantor e compositor Serge Gainsbourg.
Em 1965, France Gall foi seleccionada
para representar Luxemburgo no Grande Prêmio Eurovisão da Canção, em
Nápoles. De uma selecção de dez músicas, “Poupée de
cire, poupée de son”, escrita por Serge Gainsbourg, foi a vencedora. Na
época, ela tinha um relacionamento com o cantor Claude François.
Também de Gainsbourg, vem a canção ambígua “Les Sucettes”. Mais tarde, France
Gall disse que ela nunca teria cantado a canção se, naquele tempo, tivesse o
conhecimento do verdadeiro significado da música.
Em 1966, France Gall deixou a
França e foi para a Alemanha, onde trabalhou juntamente com o maestro Werner
Müller, principalmente, mas também com Horst Buchholz e
Giorgio Moroder. Com “Zwei
Apfelsinen im Haar” (versão alemã de “A Banda”,
originalmente interpretada por Chico Buarque), recebeu, em 1968, um disco
de ouro. Devido à sua popularidade, recebeu, em 1969 e 1971 o bronze e, em 1970, a prata Bravo
Otto da revista juvenil alemã “Bravo”.
Posteriormente,
France Gall admitiu que o tempo de sua carreira na Alemanha não foi o melhor de
sua vida, uma vez que a sua fama e as suas aparições constantes
não permitiram que ela tivesse uma juventude normal.
Em 1988, após mais de 15 anos,
France Gall conseguiu o seu maior hit na Alemanha,
com “Ella
elle l’a”, um tributo à cantora de jazz Ella Fitzgerald. Durante
quatro semanas, foi a música mais ouvida na Alemanha. O seu álbum foi o 5º mais vendido na Alemanha, tendo superado o sucesso na
França.
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