Tinha 17 anos quando deixou
Estremoz, onde frequentava a Escola Industrial e Comercial, resolvendo
instalar-se em Lisboa. Conheceu vários empregos, tendo sido, nomeadamente, ajudante de camionista
e empregado de escritório.
Entretanto, teve aulas de ballet
clássico com Ana Mascollo e frequentou oficinas de mímica e
pantomima na Fundação Calouste Gulbenkian, até se
iniciar como actor profissional na Casa da Comédia, dirigida por
Fernando Amado. Chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, esteve
mobilizado dois anos na Guiné-Bissau, durante a Guerra do Ultramar.
Colabora com a Edipim tendo escrito
anedotas para o programa “Eu Show Nico” e entrou também na novela
“Moita Carrasco”.
Participou na telenovela “Vila
Faia” (RTP, 1982). No cinema, estreou-se em 1982, com “A Vida é
Bela”, de Luís Galvão Telles.
Da sua carreira no teatro,
salienta-se a participação em peças como “Ay Carmela”
de José Sanchis Sinisterra, dirigido por Xosé Blanco Gil no Teatro
Ibérico; “Volpone” de Ben Johnson, sob a
direcção de Norberto Barroca no Teatro Aberto; “Às
Seis o Mais Tardar” de M. Perrier, com Alexandre de Sousa no Instituto
Franco Português; “Horácios e Curiácios” de Bertolt Brecht, com
Antonino Solmer; “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente, por Carlos
Avilez; “Os Quatro Cubos” de Fernando
Arrabal, por Herlander Peyroteo; e “Jogos de Praia”
de Whitehead, com João Canijo.
Viria a
participar em numerosas séries e mini-séries, entre as quais “Rua Sésamo”
(1990), “Cluedo” (1995), “Alentejo sem Lei” (1990), “Os
Melhores Anos” (1990), “O Bairro da Fonte” (SIC,
2000) e “Capitão Roby” (SIC, 2000); telefilmes - “Mustang”
de Leonel Vieira e “Monsanto” de Ruy Guerra; novelas: 2007) - “Ilha dos Amores”, 2005 - “Ninguém
como Tu”, 2003 - “Queridas Feras”, 2001 - “Ganância”, 1995 - “Desencontros”
e 1994 - “Na Paz dos Anjos”.
Em cinema, colaborou
com realizadores como Jorge Silva Melo, Luís Alvarães ou José Fonseca e
Costa, que o viria a dirigir em “Cinco Dias, Cinco Noites” (1995), uma
das suas interpretações mais significativas. Com o mesmo realizador, participou
em “A Mulher do Próximo” (1988), “Os Cornos de
Cronos” (1992) e “O Fascínio” (2003). Salienta-se
ainda “No Dia dos Meus Anos” de João Botelho, “Ao Sul” (1995)
de Fernando Matos Silva, “Sapatos Pretos” (1998) de João Canijo, “Jaime”
(1999) de António Pedro Vasconcelos, “Respirar Debaixo de Água” (2000)
de António Ferreira, “O Gotejar da Luz” (2002) de Fernando Vendrell, “A Mulher Polícia” (2003) de Joaquim
Sapinho, “Tarde Demais” (2000) e “Os Lobos” (2008) de José
Nascimento.
Foi distinguido com os Globos
de Ouro na categoria de Melhor Actor de Cinema em 1999 (“Jaime”,
de António Pedro Vasconcelos); em 2000 (“Tarde Demais”, de José
Nascimento); e 2002 (“O Gotejar da Luz”, de Fernando Vendrell).
Recebeu em 1996 o Troféu Nova
Gente como Melhor Actor por “Cinco Dias, Cinco
Noites” de Fonseca e Costa (1995).
Vítor Norte tem dois filhos, Diogo e Sara Norte, com Carla Lupi, com quem foi casado de 1994 a 2002. Tem um filho, Valentim Norte (2008), com Vânia Machado (assistente de produção) com quem vive desde 2005.
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