Cernan foi o 11º astronauta a
pisar o solo lunar e o seu co-piloto e geólogo Harrison Schmitt o 12º e último
de todos os que exploraram o satélite, já que, como comandante, ele era o
primeiro a descer da nave.
Entretanto, Cernan é detentor até
hoje do título - que é o nome do livro com as memórias das suas viagens
espaciais - de “O Último Homem na Lua”. Visto que também era o
comandante, foi o último a voltar ao Módulo Lunar Apollo para a viagem
de regresso, sendo suas as últimas pegadas humanas feitas na superfície lunar
em 1972.
Cernan também ficou conhecido por
afirmar que a muralha da China é a única construção feita pelo homem que é
visível da Lua. Tal afirmação foi desmentida em 2003
pelo astronauta chinês Yang Liwei, que disse ter ficado
decepcionado ao descobrir que não é possível ver a grande muralha da China do
espaço.
Integrante dos programas Gemini
e Apollo, Cernan viajou para a Lua em duas
ocasiões diferentes, a primeira apenas sobrevoando o satélite na Apollo 10
e a segunda comandando a Apollo 17, pousando na região de Taurus-Littrow. Nesta missão, ele e Harrison Schmitt
passaram três períodos em actividades extra-veiculares na superfície, cobrindo um total de 22 horas fora do módulo lunar Challenger, em comparação
com as duas horas dos pioneiros Neil Armstrong e Edwin Aldrin, três anos
antes. Também bateram os recordes de quantidade de material geológico trazido de volta e dirigiram mais de 35 km com o jipe lunar pela superfície de
Taurus-
Littrow.
Quando Cernan se preparava para subir a escada do módulo Challenger,
de volta para casa, ele disse as palavras que se
tornaram as últimas de um ser humano na face da Lua:
«No momento em que deixamos a
Lua e Taurus-Littrow, partimos como chegamos, e se for a vontade de Deus
voltaremos com paz e esperança para toda a Humanidade. Quando dou estes últimos
passos para fora da superfície lunar, gostaria de lembrar que o desafio da
América de hoje forjou o destino do homem do amanhã. Deus abençoe a tripulação
da Apollo 17.».
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