Estudou na École
Nationale Supérieure d’Arts et Métiers em Angers. Ainda estudante, comprou uma
guitarra e começou a escrever as primeiras canções. Formou-se em Engenharia em
1960. Partiu para Paris à procura de emprego e começou a cantar à noite em
pequenos clubes nos arredores da cidade. Concorreu ao festival Coq d’or em
1961, com uma canção composta por si, “Cathy”, conquistando o 1º prémio
e conseguindo um contrato com uma editora discográfica. Começou a lançar singles com
regularidade.
Em 1962, apresentou-se no Olympia num
programa de Colette Renard, onde interpretou cinco canções. Em 1963, a canção “Elle
était si jolie” foi escolhida como representante da França no Festival
Eurovisão da Canção que se realizou em Londres. Terminou a competição
em 5º lugar, entre 16 participantes. A canção tornou-se no maior sucesso da sua
carreira. Em Setembro, actuou novamente no Olympia num
espectáculo de Paul Anka, interpretando dez canções. Continuou a apresentar-se
regularmente nesta emblemática sala de espectáculos parisiense.
Em 1964, lançou o seu primeiro álbum, “Ma vie”,
que obteve igualmente enorme sucesso. Em 1965, foi-lhe proposto um papel
num heist thriller, “Pas de panique”, juntamente com Pierre
Brasseur. Esta seria, no entanto, a sua única aventura no campo da
representação. O auge da sua carreira, no final da década de 1960,
fez dele uma das principais estrelas da música francesa daquele tempo.
Barrière ganhou a reputação de ter um temperamento
difícil. Nos inícios da década de 1970, deixou a editora Barclay para
criar ele próprio a Albatros. Conseguiu conquistar uma importante
base de fãs, com os quais assegurava que as vendas e concertos continuassem a
proporcionar-lhe uma vida desafogada, apesar de ser quase ignorado pela
televisão e pela rádio. “Tu t’en vas”, que gravou em dueto com a cantora
Noëlle Cordier em 1974, foi o terceiro single mais vendido em
França.
Casou-se em 1975 e, juntamente com a esposa, abriu um
clube nocturno num antigo castelo da Bretanha. Se bem que tivessem sucesso,
surgiram problemas com o pagamento de impostos. Em 1977, ele e a família
partiram para os Estados Unidos da América onde permaneceram durante quatro
anos.
De regresso a França, fez várias tentativas para
regressar à vida musical. Depois de outro período no estrangeiro, desta feita
no Canadá, a família voltou à Bretanha. A sua carreira foi renovada com o
lançamento, em 1997, de um CD com versões remasterizadas dos
seus velhos êxitos. Pouco tempo depois, lançou um álbum com novas canções (“Barrière
97”) que também teve êxito. Em 1998, deu um espectáculo na Salle
Pleyel em Paris.
Em 2005, relançou de novo a sua actividade e, no ano
seguinte, publicou a autobiografia “Ma vie”. Voltou ao Canadá para dar
vários espectáculos e recebeu um Disco de Ouro. Em 2007 fez uma
grande tournée por França e publicou um novo disco.
Em Novembro de 2010, foi lançado “The Best of Alain
Barrière”, um álbum com 53 composições. Em Julho de 2011 foi convidado para
um espectáculo integrado na partida de uma etapa da Volta a França.
Em 5 de Setembro de 2011, anunciou que se via obrigado
a finalizar a sua carreira, tendo mesmo de renunciar ao espectáculo de
despedida previsto para cinco dias depois, no Palácio dos Congressos da
sua terra natal. Tinha sido vítima de dois AVC e não conseguia manter-se
muito tempo de pé.
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