Filho dos jornalistas António Rolo Duarte e Maria João
Duarte, e irmão do editor fonográfico António Manuel Rolo Duarte e da designer
e escritora Fátima Rolo Duarte, foi casado com Cristina de Penha Coutinho
(entre 1994 e 2001), com quem teve um filho.
Estudou no Liceu Camões, onde foi aluno de
Mário Dionísio e Vergílio Ferreira.
Aos 17 anos, começou a enviar textos para o suplemento
juvenil do diário “Correio da Manhã”, “Correio dos Jovens”.
Depressa se tornou colaborador regular do suplemento - e, logo depois, do
jornal de espectáculos “Se7e” e do vespertino nortenho “Notícias da
Tarde”.
No início, assinava apenas Pedro Duarte, tendo a morte
do pai marcado a sua opção pelo apelido completo: Rolo Duarte.
Em 1984, a convite de Rui Pêgo e Henrique Mendes,
estreia-se na Rádio Renascença com um programa diário em directo, “Sessão
da Meia-Noite”. Um ano depois, transita para a Rádio Comercial, onde
assina “Só Com gelo”, coordenando uma equipa que integrava João Gobern e
Maria Flor Pedroso. Entretanto, inicia uma colaboração regular com o “Diário
de Notícias” (que terminaria em 2006).
Em 1987, e depois de algumas colaborações pontuais em
programas de Jorge Pêgo e José Nuno Martins, estreia-se na RTP, primeiro
com o magazine de espectáculos semanal “Programa das Festas”, e depois
com o talkshow diário “Tempos Modernos”, acumulando aqui também a
co-autoria e co-apresentando com Ana do Carmo.
Destacou-se nas décadas de 1980, 1990 e 2000
pelo papel que teve na fundação e direcção de marcantes projectos de imprensa,
incluindo “O Independente”, a revista “K”, a revista “Visão”
e o suplemento “DNA” do “Diário de Notícias”. Em rádio,
apresentou programas de sucesso como “A Cidade Branca” e “Só com Gelo”,
na Rádio Comercial, e “Hotel Babilónia” (com João Gobern), na Antena
1. Manteve também presença frequente na televisão, em programas como “Canal
Aberto” (RTP 1), “Falatório” (RTP 2) ou “Central
Parque” (RTP 3).
Veio a falecer, vítima de cancro, em Novembro de 2017,
no Hospital da Luz, em Lisboa, onde estava internado na unidade de
cuidados paliativos. A morte foi atribuída a um cancro do peritoneu de que
padecia após ter batalhado com um cancro do pulmão.
Foi homenageado com um voto de pesar na Assembleia
da República, aprovado por unanimidade. No texto do voto destaca-se a sua «capacidade
de inovação editorial e de escrita que fez escola na comunicação social
portuguesa». O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou
que «Pedro Rolo Duarte foi, ao longo de décadas, um nome forte, que deixou
marcas». O ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes,
lamentou a morte de «um dos mais destacados jornalistas da sua geração».
No âmbito da sua actividade enquanto jornalista, foi
ainda professor universitário convidado da Universidade Autónoma de Lisboa
(2003/2005) e formador no instituto Restart (2013/2015). No domínio dos
seus conhecimentos de comunicação, apoiava alguns projectos desenvolvidos pela
empresa Shift Thinkers, nomeadamente o evento VoxMar (2013).
Teve quatro livros publicados: “Fumo”, edição Oficina
do Livro, 2007, “Sozinho em Casa”, edição Oficina do Livro,
2002 (3 edições), “Noites em Branco”, edição Oficina do Livro,
1999 (4 edições) e “SOS – SMS”, edição Oficina do Livro, 2003,
(este último em co-autoria com Ana Mesquita).
Do seu percurso fez ainda parte a direcção geral da
empresa Pretexto - Imprensa Rádio e TV Produções (1987/1999), trabalhos
de direcção e marketing em actividades culturais (1986/1989), direcção criativa
e produção das campanhas de publicidade e marketing da revista “Visão”
(1995/1997), concepção e direcção do Boletim Municipal e Agenda Cultural da
Câmara Municipal de Sintra (1995), e a assessoria à presidente da Câmara
Municipal de Sintra (1995).
Foi autor da letra do tema “Renascer”, de Luís
Represas.
Em Maio de 2018, a editora Manuscrito anunciou
a publicação de “Não Respire”, livro de memórias e reflexão que Pedro
Rolo Duarte teria concluído dias antes da sua morte.
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