Muitos dos seus trabalhos contêm ironia, comédia e
humor sobre o que ocorreu após a independência de Angola.
Manuel Rui frequentou a Universidade de Coimbra,
em Portugal e licenciou-se em Direito no ano de 1969. Praticou Direito
em Coimbra e Viseu durante a guerra pela independência em Angola.
Enquanto estudante, viveu na instituição Kimbo dos
Sobas, onde só viviam angolanos. Nesta época conheceu Ruy Mingas (músico,
antigo ministro dos Desportos em Angola e ex-embaixador de Angola em
Portugal e reencontrou a professora e escritora Gabriela Antunes.
Em Coimbra, foi membro da redacção da revista “Vértice”,
da direcção da Centelha Editora, onde publicou “A Onda”, em 1973,
e colaborador do Centro de Estudos Literários da Associação Académica.
Após a revolução de 25 de Abril de 1974,
regressou a Angola, primeiramente para assumir como reitor da recém-criada Universidade
de Nova Lisboa (actual Universidade José Eduardo dos Santos).
No processo de independência tornou-se ministro da Informação
do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no governo de
transição estabelecido pelo Acordo do Alvor. Foi também o primeiro
representante de Angola na Organização da Unidade Africana e nas Nações
Unidas. Foi ainda director do Departamento de Orientação Revolucionária
e do Departamento dos Assuntos Estrangeiros do MPLA.
Manuel Rui foi membro fundador da União dos
Artistas e Compositores Angolanos, da União dos Escritores Angolanos
e da Sociedade de Autores Angolanos.
É autor da letra do Hino Nacional de Angola, de
outros hinos como o “Hino da Alfabetização” e o “Hino da Agricultura”,
e da versão angolana da Internacional.
No plano académico, Manuel Rui foi director da Faculdade
de Letras do Lubango (actual Universidade Mandume ya Ndemufayo) e do
Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla.
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