quinta-feira, 2 de novembro de 2023

2 DE NOVEMBRO - FILIPE ZAU

EFEMÉRIDE - Filipe Silvino de Pina Zau, educador, pesquisador-docente universitário, escritor, compositor, músico e político angolano, nasceu em Lisboa no dia 2 de Novembro de 1950. É o ministro da Cultura e Turismo da República de Angola desde 2021 e vice-presidente da Academia Angolana de Letras desde 2020.

Filipe Zau nasceu em Lisboa devido à profissão do seu pai, natural de Cabinda e que na época era marítimo. A mãe era cabo-verdiana.

Concluiu os seus estudos de bacharel em Ciências da Educação em 1971, em Portugal.

Desembarcou em Luanda no dia 1 de Abril de 1975. Na cidade, contactou com músicos portugueses como Fausto, Zeca Afonso e a sua mulher Zélia, Vitorino Salomé e Sérgio Godinho. Passou a tocar em grupos como o “Duo Ouro Negro” e a banda Alerta Está, que dava concertos pelos quartéis. Um dos seus colegas foi o baterista Guilherme Inês, com quem tocou na banda Zoo, além do cantor José Cid.

Foi nomeado chefe do Departamento de Superação da Direcção Nacional de Formação de Quadros de Ensino do Ministério da Educação da República de Angola, de 1979 até 1984.

Partiu para o Brasil, onde se licenciou em Pedagogia pelo Centro Universitário de Brasília (UNICEUB). Voltou a Luanda e reassumiu o Departamento de Superação entre 1988 e 1990.

Foi nomeado como adido cultural na Embaixada de Angola em Portugal, desempenhando funções entre 1990 e 1996, onde assume a coordenação da representação angolana para a elaboração do Acordo Ortográfico de 1990. No período em terras lusitanas, especializou-se em Estudos superiores especializados em administração escolar (1994) no Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo (ISCE).

A partir de 1996, passa a dedicar-se à música, composição e escrita, com a gravação da opereta intitulada “O Canto da Sereia: o Encanto” em homenagem ao seu pai e em que foi co-autor com Filipe Mukenga. Nesse ano, lança o disco “Luanda Lua e Mulher”, com a cantora Celina Pereira gravando “Raiva di vulcão”, canção com letra de Filipe Zau e música de Filipe Mukenga, no seu disco “Harpejos e gorjeios” de 1998. Paralelamente conclui, em 1999, o mestrado em Relações Interculturais na Universidade Aberta de Portugal.

No campo da literatura e da investigação científica, foram lançadas as obras literomusicais pelas editoras Lusafrica, Da Banda e AUTORES.club, respectivamente: “Encanto de um Mar que eu Canto”, em 1996, “Meu Canto à Razão e à Quimera das Circunstâncias”, em 2005 - ambas de poesia, e o audiolivro “Marítimos Africanos e um Clube com História” (2005) e a sua sequência “Marítimos”, em 2020.

Filipe Zau e Filipe Mukenga receberam o prémio Common Ground Music Award de 2008, atribuído pela associação Search for Common Ground, em Maio de 2008, durante a sessão de apresentação do CD “Angola solta a tua voz”, onde os dois músicos também colaboraram. Ambos colaboraram ainda com a Associação Unidos do Caxinde em “Os Nossos Reis”, música do Carnaval de Luanda 2008.

O hino “Angola, país de futuro”, elaborado para o Campeonato Africano das Nações de 2010, é da autoria da dupla Filipe Mukenga e Filipe Zau, acompanhados pela banda Maravilha.

Em 2010, tornou-se conselheiro com as funções de Assessor para os Assuntos de Educação, Cultura e Desportos na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento para a elaboração do Relatório de Angola e para acompanhamento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio até 2011, assessorando a Casa Civil da Presidência da República de Angola.

Passou a compor os quadros da Universidade Independente de Angola (UNIA), tornando-se, durante a década, vice-reitor e reitor da instituição, bem como professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto (UAN). Em 2020, concluiu o seu doutoramento em Ciências da Educação na Universidade Aberta de Portugal.

Em 2021, tornou-se embaixador da boa vontade da CPLP para a língua portuguesa e foi nomeado ministro da Cultura e Turismo da República de Angola.

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