Ela também possui os recordes mundiais das 10 milhas,
20 km e 25 km.
Keitany começou a correr na escola primária e, em 2002,
juntou-se a um grupo de jovens corredores chamado Hidden Talent Academy.
Em Janeiro de 2006, participou na sua primeira
competição adulta, aos 24 anos, ficando na 21ª posição numa corrida de 5 km.
Após conseguir algum sucesso em corridas locais no Quénia,
competiu no exterior pela primeira vez, vencendo algumas provas na Europa. Em
2009, venceu uma meia-maratona em Lille, França, fazendo 1h07m00s, uma marca
expressiva que a colocou como a sétima mais rápida do mundo nesta distância.
O seu desempenho em Lille fez com que fosse convocada
para o Campeonato Mundial da Meia Maratona de 2009 realizado em
Birmingham, na Inglaterra, onde conquistou a medalha de ouro com a melhor marca
pessoal de 1h06m36s. A sua marca era a segunda melhor do mundo. No mesmo Mundial,
ganhou um segundo ouro por equipas.
Keitany estreou-se em maratonas com um terceiro-lugar
na Maratona de Nova Iorque de 2010. Em Fevereiro de 2011, continuando o seu
domínio na prova menor, bateu o recorde mundial da meia-maratona em Ras Al
Khaimah, nos Emirados Árabes (1h05m50s).
Em Abril, ganhou a sua primeira maratona, a Maratona
de Londres, com 2h19m19s. No ano seguinte, voltou a Londres para defender o
seu título e tornou-se bicampeã da prova, com nova melhor marca pessoal de
2h18m37s, o que a colocou como a terceira mulher mais rápida da maratona na
história, suplantada apenas pela britânica Paula Radcliffe e pela russa Liliya
Shobukhova.
Com essas credenciais, Keitany chegou aos Jogos de
Londres 2012 como favorita à medalha de ouro, ao lado de Shobukhova.
Durante toda a prova, ela esteve no pelotão da frente, puxando o ritmo, até aos
últimos dois quilómetros quando, para surpresa dos analistas e espectadores,
perdeu velocidade, ficou para trás e acabou apenas em quarto lugar, fora do
quadro de medalhas.
Depois de se retirar das competições em 2013, devido à
gravidez e ao nascimento do seu segundo filho, voltou às maratonas em grande
estilo vencendo a Maratona de Nova Iorque em três edições seguidas, em
2014, 2015 e 2016. Ela, entretanto, não foi seleccionada para integrar a equipa
queniana na Rio 2016.
Em 2017, Keitany venceu pela terceira vez a Maratona
de Londres e conquistou o recorde mundial desta prova corrida só com
mulheres, com a marca de 2:17:01, atrás apenas do recorde geral da britânica
Paula Radcliffe, obtido em 2003 no mesmo percurso quando a maratona então era
disputada com a largada dada ao mesmo tempo para homens e mulheres. A sua marca
e o seu recorde nacional queniano foram batidos dois anos depois pela
compatriota Brigid Kosgei, que venceu a Maratona de Chicago de 2019 com
2:14:04, um novo recorde queniano e mundial.
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