Estudou no Playhouse Famed de Pasadena,
Califórnia, para formação de actores. Antes de iniciar a carreira como actor,
dedicou-se ao boxe e também à música. Em Pasadena, foi colega de colégio de
Victor Mature, no Playhouse Famed, onde foi descoberto por algum
caça-talentos. Foi escolhido para o papel de Stuart Tarleton, um dos jovens
ricos sulistas que cortejava Scarlet O’Hara (Vivien Leigh) no clássico “Gone
with the Wind”. Nos dez anos seguintes, fez contrato com os estúdios da Warner
Brothers, Fox e Paramount.
Em 1943, quando já conseguia fazer seu nome no
estrelato, Reeves foi convocado para o serviço de guerra durante a II Guerra
Mundial, tendo que interromper, temporariamente, a sua carreira. Com o fim
da Guerra, Reeves voltou a Hollywood, mas a sua carreira nunca mais
chegou ao mesmo nível de antes. As dificuldades de se auto-afirmar na carreira
de actor fizeram-no conduzir para Nova York, para participar em programas de
televisão ao vivo (não havia naquela ocasião ainda o vídeo tape).
Foi justamente na televisão que George conseguiu
definitivamente a fama que quase havia conseguido no cinema, porque foi
escolhido para interpretar o fabuloso Homem de aço das histórias aos
quadradinhos para a série de TV, “Adventures of Superman”, a partir de
23 de Novembro de 1951. Reeves lembrava muito os traços executados por autores
de banda-desenhada do super-herói da década de 1940/1950,
sobretudo por causa de um leve topete «pega-rapaz» e um queixo voluntarioso.
Conseguiu alguns papéis menores em outros filmes
clássicos do cinema, como “A um Passo da Eternidade” (1953, com Burt
Lancaster) enquanto fazia a série do Super-Homem, mas na maior parte de
sua carreira foi personificando o herói de Krypton.
George Reeves alcançou fama e dinheiro (na época ele
ganhava 2 500 dólares por semana). O sucesso era principalmente com as mulheres
e crianças. Curiosamente, segundo a sua biografia, ele evitava contacto com as
crianças, porque elas sempre queriam partir para a agressão com a ideia de
testar a invulnerabilidade do actor. Ficou famoso e rico, mas fora isso os
únicos trabalhos que ele conseguia eram comerciais de cereais ou então
apresentações de luta-livre. A série de televisão do “Homem de Aço”
durou até 1958.
O nome verdadeiro do actor George Reeves era George
Keefer Brewer, mas ao ser adoptado pelo padrasto, recebeu o nome de George
Bessolo.
Casou-se com Ellanora Needles em 1940, permanecendo
casado com ela até 1950. O casal não teve filhos.
Era visto com a roupa de Super-Homem visitando
hospitais e dando atenção a crianças vitimadas de cancro. Na televisão
americana, já naquela época haviam programas assistencialistas como “A
Cidade da Esperança” e “Telethons”, e Reeves fazia questão de
participar como o Super-Homem. Uma curiosidade sobre Reeves e as
crianças, é que Reeves era cauteloso quando se tratava de desempenhar Superman
com crianças, pois muitas delas tinham o costume de testar a sua «invencibilidade»
agredindo-o com socos e pontapés.
Em 16 de Junho de 1959, George Reeves foi encontrado
morto com um tiro na cabeça na sua casa em Los Angeles. Com a morte, rumores
surgiram com as hipóteses de que o actor teria sido assassinado ou cometido
suicídio. A hipótese de suicídio baseava-se no facto de que o cancelamento da
série “As Aventuras do Super-Homem”, em 1958, o teria deixado deprimido
por não conseguir outros trabalhos, haja em vista que a sua imagem estaria
fortemente associada ao personagem. Já a hipótese de assassinato era em razão
dos rumores de um relacionamento amoroso com a esposa de um chefão de estúdio.
A investigação da polícia chegou à conclusão que o actor
cometera suicídio. Porém, para os amigos do actor, a sua morte estava directamente
ligada ao romance que Reeves manteve, durante anos, com Toni Mannix, que era
casada com E.J. Mannix, até então um dos executivos mais poderosos da Metro-Goldwyn-Mayer.
A hipótese de assassinato nunca foi provada.
No seu túmulo, no Mausoléu de Pasadena,
localizado no Cemitério do Mountain View, em Altadena, Califórnia,
encontra-se a seguinte inscrição: «Para meu querido filho, George Bessolo
Reeves, o Super-Homem, homenagem feita pelo seu padrasto».
A vida e a morte de George Reeves são tema de “Hollywoodland”.
Ben Affleck faz o papel de George Reeves; Diane Lane como Toni Mannix, a amante
de Reeves; Bob Hoskins encarna o executivo da MGM E.J. Mannix, o marido
traído de Toni; e Adrien Brody assume o detective particular Louis Simo, que
investiga a misteriosa morte do actor intérprete do Super-Homem.
A longa-metragem é focado nos anos 1950 e tem
direcção assinada por Allen Coulter e guião de Paul Bernbau, os envolvidos na
produção tiveram que resgatar arquivos policiais e levantar as principais
possibilidades que possam ter levado Reeves à morte.
Acima de uma investigação da morte, “Hollywoodland”
também traz informações da conturbada vida pessoal de Reeves, que tinha muitos
problemas familiares. Os grandes momentos da vida do actor, bem como a sua
ascensão na televisão, com a estreia da série “As Aventuras de Super-Homem”,
também ganham espaço.
Um argumento que o director fez questão de manter na
longa-metragem foram cenas da homónima série do Super-Homem. Apesar de
ter alguns problemas com a Warner Brothers, detentora dos direitos
autorais, Coulter pôde utilizar o clássico material da época. Além disso, ele
reproduziu aberturas e cenas da série com o rosto de Ben Affleck.
Outro desafio na hora de rodar a produção foi o
orçamento. Apesar de grandioso, o projecto foi produzido com baixo orçamento e
a solução foi baixar o cachet dos artistas e pedir apoio de algumas empresas
privadas.
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