Ocupou o lugar de primeiro-ministro da Bélgica. Foi o
primeiro presidente do Parlamento Europeu. Junto com Robert Schuman,
Alcide De Gasperi e Konrad Adenauer, foi um líder na formação das instituições
que evoluíram para a União Europeia.
Membro da influente família Spaak, serviu brevemente
na Primeira Guerra Mundial antes de ser capturado e ganhou destaque após
a guerra como jogador de ténis e advogado, tornando-se famoso pela defesa de
alto perfil de um estudante italiano acusado de tentar assassinar o príncipe
herdeiro de Itália em 1929.
Socialista convicto, Spaak entrou na política em 1932,
pelo Partido dos Trabalhadores Belga (mais tarde, Partido Socialista
Belga) e ganhou a sua primeira pasta ministerial no governo de Paul Van
Zeeland em 1935.
Tornou-se primeiro-ministro da Bélgica em 1938 e
ocupou o cargo até 1939.
Durante a Segunda Guerra Mundial, actuou como ministro
das Relações Exteriores no governo belga no exílio sob Hubert Pierlot,
onde negociou a fundação da União Aduaneira do Benelux com os governos
da Holanda e Luxemburgo.
Após a guerra, recuperou duas vezes o cargo de
primeiro-ministro, primeiro por menos de um mês, em Março de 1946, e novamente
entre 1947 e 1949. Ocupou várias outras pastas ministeriais belgas até 1966.
Foi ministro das Relações Exteriores da Bélgica durante 18 anos, entre
1939 e 1966.
Spaak, um defensor convicto do multilateralismo,
tornou-se internacionalmente famoso pelo seu apoio à cooperação internacional.
Em 1945, foi escolhido para presidir à primeira sessão
da Assembleia Geral das novas Nações Unidas. Defensor de longa data da
integração europeia, Spaak foi um dos primeiros defensores da união aduaneira e
negociou o acordo do Benelux em 1944.
Foi o primeiro presidente da Assembleia Consultiva
do Conselho da Europa entre 1949 e 1950 e tornou-se o primeiro presidente
da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) entre 1952 e
1954.
Em 1955, foi nomeado para o chamado Comité Spaak que
estudava a possibilidade de um mercado comum na Europa e desempenhou um papel
influente na preparação do Tratado de Roma de 1957, que instituiu a Comunidade
Económica Europeia (CEE). Recebeu o Prémio Carlos Magno no
mesmo ano.
Entre 1957 e 1961, serviu como segundo secretário-geral
da NATO.
Aposentando-se da política belga em 1966, Spaak faleceu
em 1972. Ele continua a ser uma figura influente na política europeia e o seu
nome foi dado, entre outras coisas, a uma fundação de caridade, a um dos
edifícios do Parlamento Europeu e a um método de negociação.
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