Sarapo foi inicialmente um cabeleireiro, tendo mais
tarde abraçado a carreira de actor e cantor. Apresentado por Claude Figus a
Edith Piaf, casou com ela aos 26 anos, enquanto Edith tinha 46 anos e a saúde
já fortemente debilitada (viria a morrer um ano e um dia depois, em 10 de Outubro
de 1963).
Ainda em 1962, Sarapo e Piaf obtiveram um enorme
sucesso com a canção “À quoi ça sert l’amour?”. O seu casamento com Piaf
também permitiu à sua irmã, Christie Laume, lançar-se
no mundo da canção.
Após a morte de Piaf, Sarapo herdou cerca de 7 milhões
de francos de dívidas, o que levou ao despejo do apartamento que ambos
partilharam no Boulevard Lannes em Paris.
Quando começou a cantar com Piaf, Sarapo possuía uma
voz muito anasalada. Nos anos seguintes melhorou-a, passando a ter uma voz
bastante aveludada. Após a morte de Piaf, Sarapo ainda obteve grandes êxitos
com as canções “La maison que ne chante plus” e “Le Jour viendrá”
e outras mais modestas com “La ronde” e “Nous n’etions pas pareils”.
Sarapo era um actor e o seu filme mais conhecido foi “Judex”
de Georges Franju, que estava a ser rodado quando Edith Piaf faleceu.
Nunca se libertou da fama de se ter aproveitado da
influência de Edith Piaf, quando esta estava débil e doente terminal. Sarapo faleceu
num acidente de automóvel, em Agosto de 1970.
Está sepultado ao lado de Edith, no cemitério do
Père Lachaise em Paris
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