Além da sua carreira
jornalística, também se aventurou na fotografia e literatura. Leccionou Jornalismo
durante dois anos no Instituto Politécnico de Tomar.
Filho do juiz José Augusto de
Vasconcelos Pinto Coelho e de sua mulher a jornalista e escritora Sarah Augusta
de Lima e Abreu, foi com a família para Moçambique, em 1945.
Era primo em 6º grau do
activista de extrema-direita e secretário-geral do PNR, José Pinto
Coelho, do irmão deste, o cartoonista Luís Pinto Coelho, e da jornalista e pivot
da SIC Notícias Sofia Pinto Coelho, prima direita dos dois outros.
Em 1963, regressou a
Portugal, para frequentar a Faculdade de Direito da Universidade de
Lisboa. A poucas cadeiras de terminar o curso, revoltado com uma reprovação
em Direito das Sucessões, que considerou ser injusta, abandonou os
estudos e ingressou no “Diário de Notícias”, como repórter, em 1968.
Em 1972, foi mobilizado para
a Guerra do Ultramar, em Moçambique, como alferes miliciano do Exército.
Regressa ao “Diário de
Notícias” em 1973, saindo em Abril de 1975, durante a tumultuosa direcção
de Luís de Barros e José Saramago.
Pouco depois, estava entre os
fundadores do diário “Jornal Novo”, dirigido por Artur Portela Filho.
Até 1977, foi redactor da Agência
de Notícias A.N.I., correspondente em Portugal da rádio Deutsche Welle
e redactor da revista “Vida Mundial”, dirigida por Natália Correia.
Em 1982, assume a direcção
executiva da revista “Mais”. Iniciou, entretanto, a sua colaboração com
a Radiotelevisão Portuguesa, onde foi director-adjunto de Informação
(1977), chefe de redacção da Informação/2 (1978), director de Programas
(1986/1989) e director de Cooperação e Relações Internacionais (1989/1991).
Na rádio, foi locutor das
estações TSF, Rádio Comercial, Antena 1 e Teledifusão
de Macau, notabilizando-se com a apresentação do magazine “Acontece”,
entre 1994 e 2003.
Foi conferencista no Instituto
de Altos Estudos Militares (1988/1992) e professor de Jornalismo, na
Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar
(2003/2005).
Entre os restantes cargos que
exerceu, contam-se os de membro do Conselho de Administração da Europa
TV (1986/1987), coordenador dos Encontros de Televisões de Língua
Portuguesa (1989/1992), presidente dos Comités Est-Ouest (1990) e Nord-Sud
(1991) da Université Radiophonique et Télévisuelle Internationale,
representante da RTP nos Comités de Informação e de Programas da
União Europeia de Radiodifusão, da União das Rádios e Televisões
Nacionais de África e da Organização das Televisões Ibero-Americanas
(1977/1992), representante do Ministério da Cultura na Reunião de
Televisões Ibéricas (2005), júri dos Prémios Emmy de Jornalismo de
Investigação (1984), e dos Festivais de Cinema de Tróia (1986), do Fantasporto
(1986), do Cinanima (1996) e do ICAM (2006).
Carlos Pinto Coelho era comendador
da Ordem do Infante D. Henrique (9 de Junho de 2000) e oficial da
Ordem das Artes e das Letras de França (2009). Recebeu o Prémio
Bordalo, na categoria de Televisão, pela Casa da Imprensa
(1995), o Grande Prémio Gazeta, do Clube dos Jornalistas (1997),
e o Prémio Carreira Manuel Pinto de Azevedo Jr., de “O Primeiro de
Janeiro” (2002).
Vitimou-o um ataque cardíaco,
em 15 de Dezembro de 2010. Tinha-se deslocado ao princípio da tarde desse dia
ao Quartel do Carmo, em Lisboa, onde deveria entrevistar o general
Almeida Bruno para a série de programas Conversa Maior que preparava
para a RTP Memória, quando se sentiu indisposto e foi conduzido ao Hospital
de São José, onde lhe foi diagnosticada uma ruptura numa artéria.
Transferido para o Hospital de Santa Marta, veio a falecer algumas horas
depois, durante a intervenção cirúrgica a que foi submetido.
Casou a primeira vez com
Maria Otília Marques Bacelar (Gabela, Angola, 22 de Junho de 1940), de quem se
divorciou e de quem teve duas filhas.
Casou pela segunda vez com
Maria Luísa Ribeiro Manteigas, de quem se divorciou e teve duas filhas.
Casou ume terceira vez com
Maria Clara Jardim de Barros, de quem não teve descendência.
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