Fez a sua estreia em Olimpíadas
em Helsínquia 1952, ficando na 6ª posição com um lançamento de 42,64 m.
Quatro anos depois, em Melbourne
1956, ficou em 9º lugar, apesar de melhorar a sua marca para 43,90 m.
Em Roma 1960, Lia
ganhou a sua primeira medalha olímpica, de bronze, com um lançamento de 52,36
m.
Repetiu a mesma medalha em Tóquio
1964, na sua quarta participação olímpica, com uma marca de 56,96 m na
última tentativa, após manter o 4º lugar durante toda a prova.
Durante o Inverno de 1967/1968
no hemisfério norte, a Federação de Atletismo Romena informou Manoliu
que ela estava muito velha - 35 anos - para tentar outra participação olímpica
e avisou que não se preocupasse mais em voltar para as sessões de treino da
equipa. Isto fez apenas com que a sua determinação aumentasse e, após meses de treino
duro e solitário, afastada da equipa, ela conseguiu qualificar-se na selectiva
para disputar os Jogos da Cidade do México em 1968. Durante os Jogos,
ela sofreu uma lesão no braço que usava para os seus lançamentos e o médico da
equipa romena disse-lhe que ela teria condição de fazer apenas um lançamento na
final. Um único lançamento foi o que ela precisou para lançar o disco a 58,28 m
na sua primeira tentativa e, com isso, conquistar a medalha de ouro olímpica e
um novo recorde olímpico.
Em 1972, o seu último ano de
competições, Manoliu recebeu da UNESCO o Prémio Fairplay pela sua
carreira e o seu apoio aos ideais de competições justas e leais.
Na sua sexta e última
participação olímpica, Munique 1972, aos 40 anos, ela ficou em 9º lugar
no lançamento de disco feminino, com a marca de 58,50 m. Ironicamente, esta
marca que lhe deu apenas a 9ª posição em Munique, era melhor que a marca que lhe
havia dado a medalha de ouro quatro anos antes na Cidade do México.
Lia Manoliu foi a primeira
competidora do atletismo a disputar seis Jogos Olímpicos, facto que só
seria igualado em Atlanta 1996 pela britânica Tessa Sanderson, do
lançamento do dardo, campeã olímpica em Los Angeles 1984, e ultrapassada
apenas pela velocista jamaicana e depois eslovena Merlene Ottey, em Atenas
2004.
De 1990 até 1998, ela foi
presidente do Comité Olímpico Romeno e serviu como senadora, eleita na
primeira legislatura com eleições livres no país (1990/1992), após a queda do
regime comunista.
Faleceu em Janeiro de 1998,
aos 65 anos, de ataque cardíaco, após entrar em coma durante uma cirurgia para
retirar um tumor cerebral, uma semana antes.
O Estádio Lia Manoliu,
em Bucareste, foi assim baptizado em sua homenagem. Demolido e reconstruído em
2007, com o nome de Arena Națională, o complexo desportivo do qual passou a
fazer parte foi baptizado como Complexo Desportivo Nacional Lia Manoliu.
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