terça-feira, 27 de março de 2007

PARA SALAZAR
(com rancor)

Tudo nos tiraste,
Nem miolos nem liberdade,
Nada nos deixaste.
Num povo sem vontade
Tu nos transformaste,
Povo de cabeça vazia
E incapaz de pensar.
Os poucos que o tentaram
Tu não os deixaste
(eras polícia
Do próprio pensamento).

………………………………………….

Pediste então ao povo
Que livremente
Exprimisse a sua opinião!
Não tinham opinião
As cabeças ocas
Que tu,
Por tuas mãos,
Esvaziaste,
Enchendo-as ao longo
De quatro décadas
Apenas de palavras vãs.

Os homens passam,
As nações ficam,
Mas tu deixaste em farrapos
PORTUGAL,
Triste país do sol,
Último país da Europa.


(Transcrição parcial de um poema que escrevi em 1969 e que parece ser ainda actual, pois há vírus que continuam activos e que nos agridem à mais pequena distracção...)

Gabriel de Sousa


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